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Plano Diretor de Florianópolis prevê incentivo para comércio nos bairros

Uma das mudanças previstas no novo Plano Diretor de Florianópolis, que deve ser entregue para a Câmara de Vereadores nesta sexta-feira (15), é estimular o comércio nos bairros, por meio do incentivo à abertura de espaços comerciais, principalmente na parte térrea dos edifícios que ainda serão construídos.
O objetivo é que as pessoas se desloquem cada vez menos para o centro da cidade, o que pode contribuir para melhorar o trânsito.
Segundo o diretor do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF), Dalmo Vieira Filho, a ideia estimula unidades de vizinhança, diminui distâncias, reforça as personalidades de cada bairro do município. “Em suma, ele permite e estimula que as pessoas convivam mais nos seus lugares, se desloquem menos, que tenham mais tempo para o que gostam de fazer”, explica.
O bairro que mais se encaixa neste perfil atualmente é a Lagoa da Conceição. Conhecido como o Centrinho da Lagoa, o comércio e os serviços no local suprem as necessidades dos moradores. Terminal de ônibus, ponto de táxi, supermercado, banco e restaurantes. Com este perfil em cada bairro, o foco do Centro de Florianópolis seria preservar o patrimônio histórico e valorizar a região, incentivando a abertura de bares e restaurantes que funcionem à noite.
Além disso, a Prefeitura de Florianópolis pretende colocar em ordem o que já está pronto e avaliar com mais rigor os novos projetos. As construções com mais de 2 mil metros quadrados vão passar por avaliações para avaliar o impacto na região e critérios como vizinhança e trânsito serão fundamentais nesta análise.
“O Plano Diretor é um pacto que vai além dos interesses das atuais gerações, mas precisa prever as condições de todo mundo que vai morar nesse lugar. A relação com a natureza deve ser o primeiro divisor de águas do Plano Diretor. Porque se ele está preocupado em organizar o território, temos que avaliar o que nós mudaremos, o que nós transformaremos, e o que nós preservaremos? Essencialmente nós preservaremos os elementos importantes da natureza, dentre eles a paisagem”, disse o secretário.
Para José Tabacow, paisagista que participou do projeto do aterro da Baía Sul, a cidade tem um potencial turístico grande, mas falta planejamento. “Normalmente propõe-se a construção de hotéis de forma inadequada em relação aos vizinhos, paisagem, transporte e etc”, diz. Tabacow ainda cita outro exemplo, o aterro da Via Expressa Sul. “Tem construção de escola, plantio de árvores, construção de quadras poliesportivas, mas nenhum planejamento global para a área”, explica.
(G1, 15/10/2013)

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