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Por Cacau Menezes (DC, 23/05/2013)
Com algum humor em algumas ocasiões e muita contrariedade na maioria das vezes, a população vem enfrentando a deterioração, antieconômica e desumana do colapso do trânsito.
A desordem sintetiza dramaticamente grandes e pequenas inépcias, descasos históricos e recentes no planejamento da cidade.
Causa perplexidade que em 287 anos Florianópolis não tenha recebido a atenção competente de seus administradores – especialmente nas últimas cinco décadas, período em que planos diretores foram sonhos ou projetos fraudados por interesses econômicos ou por incompetência mesmo. Como exemplo desse absoluto desleixo vale recordar os repetidos anúncios oficiais para a implantação do tão desejado metrô de superfície na região, que infelizmente se revelaram descaradas promessas eleitoreiras.
Um plano diretor e um zoneamento decentes são inadiáveis, embora seus resultados não serão imediatos. É necessário também outro plano de emergência para minimizar, desde já, o desastre econômico e humano do tráfego. Mas até agora não parece que esse imperativo, assim como o sentido de emergência, esteja determinando a agenda dos governos.
