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Projeto de nova ligação com a BR-101 pode desafogar o trânsito na Grande Flotrianópolis

Um novo caminho Florianópolis à BR-101 pode desafogar o trânsito e mudar a rotina dos moradores da Capital, São José e Biguaçu. E com mais uma vantagem: vista privilegiada para o mar. A obra, orçada em R$ 326 milhões, prevê um consórcio entre os três municípios, com o objetivo de prolongar a Beira-mar Continental de Florianópolis em 8,3 quilômetros de extensão, até o rio Três Henriques, no limite entre São José e Biguaçu.
O projeto conceitual ainda está em fase de estudos. Prevê a construção de aterro em todo o trajeto, onde terão duas pistas com três faixas – uma delas exclusiva para ônibus -, ciclofaixas, calçadas, área de lazer e marinas. Desde o começo do ano, os prefeitos das três cidades discutem o projeto. Técnicos de Florianópolis, das secretarias do Continente e de Obras, e do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano), e das outras duas prefeituras fazem reuniões semanalmente.
Não há ainda prazos para a conclusão. “Pegamos o projeto feito pela Prosul para o Estado, com a proposta da quarta ligação para entre Ilha e Continente. Tiramos tudo o que tinha relação com a iniciativa privada, enxugamos a proposta e ficou muito semelhante com a Beira-mar Norte”, explicou Luiz Américo Medeiros, secretário-adjunto do Continente.
No projeto, a Beira-mar Continental que existe hoje é aproveitada, mas a mão da pista muda em direção à Ilha, já que outra fará o trajeto em direção a Biguaçu. Na comunidade da Ponta do Leal, a nova Beira-mar ganha uma curva, que, segundo Medeiros, é necessária devido à velocidade dos carros.
Haverá ligações de bairros com a nova avenida. As áreas que sobrarem do aterro virarão cinco praças. “A intenção é que, depois de aprovado, esse projeto seja encaminhado à presidente Dilma [Rousseff]. Deve ser feito com recursos federais”, destacou Medeiros.
Obra prevista para dois anos
A atual Beira-mar Continental, com 2,3 quilômetros de extensão, demorou oito anos para ser construída. Mas Luiz Américo Medeiros, secretário-adjunto do Continente, acredita que a nova Beira-mar que fará a ligação dos municípios com a BR-101 será concluída em apenas dois anos.
Segundo ele, o licenciamento ambiental e os entraves com desapropriações dificultaram a primeira obra, no valor de R$ 42 milhões. “Mas nessa obra Florianópolis quase não terá desapropriações. E o aterro vai ser rápido de construir, porque será possível aproveitar o desassoreamento”, avaliou.
São José, no entanto, terá que fazer mais desapropriações, principalmente na área de retorno e ligação com a BR-101. “Ainda não temos como saber quantas serão as desapropriações, mas vai haver. No entanto, vamos tentar minimizar isso ao máximo”, disse o secretário de Serviços Público de São José, Carlos Alberto Cruz. “Mas vamos fazer melhorias de forma integrada. Esse projeto não pode ser tratado de forma isolada. Temos que ver todos os modais, inclusive o transporte marítimo, e a ligação com o transporte rodoviário.
População não crê que projeto saia do papel
A Prefeitura de Biguaçu está animada com o projeto. O prefeito em exercício, Ramon Wollinger (PSDB), afirmou que a intenção é estender a ideia. “Depois de pronta a nova ligação, vamos fazer a segunda etapa e pretendemos aumentá-la ainda mais para que chegue a Biguaçu. Para nós, essa nova Beira-mar vai colocar a cidade de frente para o mar e melhorar os acessos. Hoje está difícil andar na BR”, explicou.
Quem usa a BR-101 diariamente concorda. Everson Steiner, 26 anos, é motorista de uma empresa que distribui alimentos com sede em Biguaçu. Ele tem que transitar todos os dias, inclusive no horário de pico, pelo único caminho que liga os três municípios atualmente. “Ter uma via como essa seria ótimo para quem trabalha com transporte. Não pegaria trânsito, nem fila. Já chegamos a ficar mais de uma hora presos no trânsito. Mas acho que [a obra] não vai acontecer”, opinou.
O comerciante Neri Neves, 20, também está descrente. Ele tem uma loja em frente à atual Beira-mar Continental e disse que a mobilidade poderia melhorar em 50% com a nova ligação. “Esta via já deveria estar pronta. Mas para funcionar teria que melhorar também a mobilidade dentro de São José. Também precisamos de mais uma ponte urgente”, enfatizou.
(ND, 06/05/2013)

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