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Os museus de Santa Catarina pedem socorro

Artigo de João Otávio Neves Filho Janga – Artista plástico e crítico de arte (DC, 07/05/2013)

O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), segundo museu de arte moderna do país e uma das nossas mais tradicionais instituições culturais, precisa de uma urgente reavaliação sobre sua importância para a vida cultural do Estado. Sem recursos próprios, sem autonomia administrativa, o Masc agoniza sem condições mínimas de bem desempenhar seu papel histórico. Para termos uma ideia, nem o cargo de diretor ou curador existe; o administrador fica restrito a funções puramente burocráticas, impedido de tomar qualquer iniciativa que faça essa nobre instituição sair do marasmo.

No atual organograma da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), o Masc é um simples apêndice submetido hierarquicamente a mais duas ou três diretorias que se digladiam entre si. As mostras do Masc, que deveriam funcionar como um padrão de referência, estão deixando a desejar se considerarmos o que se conceitua hoje como arte em sociedades culturalmente maduras. A principal função de um museu de arte digno desse nome é provocar a inquietação criadora e levar à reflexão.

No Museu Histórico Cruz e Sousa os problemas se repetem com agravantes. Pessoas despreparadas que não têm noção do que arte e cultura significam para a construção da sociedade não podem permanecer à frente de nossas combalidas instituições culturais. Não é impedindo o acesso dos jovens aos jardins de nossos museus, tratando a cultura como simples transversal do turismo ou hostilizando nossos artistas e produtores culturais com comportamentos grosseiros e agressivos que os pretensos gestores que aí estão contribuirão para o aprimoramento cultural de nossa comunidade.

É bom que esses senhores e senhoras revejam seus conceitos, até porque ao contrário do que se fala, pelo fato de serem os intelectuais e os artistas os principais formadores de opinião, cultura dá voto sim e muito mais do que eles pensam.

A principal função de um museu de arte digno deste nome é provocar a inquietação criadora e levar à reflexão.

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