Prefeitos pressionam pelo início do contorno viário

Região da Grande Florianópolis aproveita presença do ministro dos Transportes em evento para pedir apoio à obra na 101

Após 15 anos de atraso, falta de mobilização política e indecisões sobre o traçado, os prefeitos da Grande Florianópolis decidiram se unir para acelerar o início das obras do Contorno Viário da Capital.

Ontem, no encerramento do XI Congresso Catarinense de Municípios, entregaram ao ministro Paulo Sérgio Passos, dos Transportes, um manifesto com dois pedidos. Um é para o início imediato das obras, o que garantiria a conclusão até fevereiro de 2015, sem mais atrasos – a previsão inicial era em 2012. Outra reivindicação foi pela manutenção dos 47 quilômetros do contorno, como prevê a proposta original de 1998. No ano passado, a Auto Pista Litoral Sul, que administra a BR-101, defendeu a redução do traçado para 30 quilômetros, o que gerou polêmica.

Assinaram o ofício os prefeitos de Florianópolis (Cesar Souza Junior), São José (Adeliana Dal Pont), Governador Celso Ramos (Juliano Duarte Campos), Biguaçu (José Deschamps), Palhoça (Nirdo Artur Luz) e Antonio Carlos (Antonio Paulo Remor).

– O ministro sinalizou que vai se empenhar pessoalmente. Não falamos em prazo. Falamos na disposição de iniciar a obra – disse Adeliana.

A informação é de que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está em fase final de elaboração do traçado e teria encontrado o modelo ideal. Segundo Passos, será mantido o projeto previsto, apenas com algumas adequações no trajeto. A obra deve iniciar no km 175 da BR-101 e terminar no km 222.

Pequenas mudanças serão necessárias devido a construções feitas nos últimos anos. O próprio ministro puxou a orelha dos prefeitos ontem, em reunião reservada, ao lembrá-los que o traçado não foi respeitado.

A expectativa é de que, em abril, ocorram três audiências públicas. Uma vez aprovado o traçado, será a hora de buscar as licenças ambientais. O Ministério dos Transportes fala em lançar a licitação até o final de 2013, mas não diz se vai cumprir o prazo e entregar a obra, orçada em R$ 400 milhões, em fevereiro de 2015, contrariando a pressão dos prefeitos e do próprio TCU.

(DC, 28/02/2013)