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Queda de marquise revela perigos ocultos nas ruas da Capital

A falta de manutenção e vistoria nas edificações da capital é um problema que acaba colocando em risco a vida de muitas pessoas. Na noite do último domingo, 9, a marquise de um prédio situado na esquina entre da Avenida Gama D´eça com a rua Presidente Coutinho, no centro de Florianópolis, acabou desabando em cima de dois veículos que estavam estacionados em frente ao prédio. Ninguém ficou ferido.

De acordo com o engenheiro associado do IBAPE (Instituto Catarinense de Avaliação e Perícia de Engenharia), Trajano Oliveira, a queda de parte do prédio pode afetar a estrutura de toda construção, colocando em risco a vida de muitas pessoas que utilizam o local, ou até mesmo somente transitam por ali. “Essa é uma realidade de diversos prédios em Florianópolis. As construções dão sinais do perigo, porém, nem sempre as pessoas conseguem observar”, afirmou ele.

O presidente do CREA-SC, Carlos Alberto Kita Xavier, ressalta que projeto mal feito, execução péssima, material de má qualidade e mão de obra ruim, são fatores principais de acidentes como o ocorrido no último domingo. “A junção de dois desses quatro fatores resulta em acidentes como esse”, explicou ele. Além disso, ele faz questão de salientar que a manutenção e até mesmo a contratação de um técnico responsável, o que não havia sido apurado pelo conselho no caso da construção afetada, são gastos que evitam despesas futuras. “Temos estudos que comprovam que a manutenção da construção custa, em média, 3% do valor total da obra. O que caracteriza um investimento muito menor do gasto com a reconstrução em caso de acidentes”, explicou o presidente.

O jornal Notícias do Dia tentou entrar em contato com a Imobiliária Andrea Cardoso, responsável pelo imóvel, porém os proprietários não foram localizados.

Projeto prevê manutenção obrigatória

Segundo o presidente do Crea – SC, tramita na Câmara de Vereadores da Capital um projeto de lei que torna obrigatória a manutenção de construções com mais de dez anos. A lei que já existe em Balneário Comburiu e Rio do Sul, tornaria obrigatório algo que hoje só acontece caso o proprietário do imóvel solicite um serviço por conta própria. “A tendência é que essa lei seja federal”, afirmou ele.

Mesmo não havendo ainda uma lei que assegure isso, Xavier faz questão de ressaltar que qualquer irregularidade pode ser denunciada ao conselho. “Temos um link no nosso portal (www.crea-sc.org.br) ou através da nossa ouvidoria onde as pessoas podem denunciar irregularidades ou construções que apresentam riscos. Infelizmente não temos como estar presente em todos os lugares, mas a população pode nos ajudar a colocar menos vidas em risco”, lembrou o presidente.

(ND, 10/12/2012)

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