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Brilho do carnaval de Florianópolis está ameaçado

O Carnaval de 2013 corre o risco de não ter o mesmo brilho de edições anteriores. Até agora, as escolas de samba do grupo especial aguardam os repasses do governo do Estado e da Prefeitura de Florianópolis. Sem dinheiro, as agremiações estão com dificuldades para comprar materiais para confecção das fantasias e dos carros alegóricos. A exceção é a bicampeã União da Ilha, que começa hoje a montagem da segunda alegoria.

A prefeitura vai destinar R$ 440 mil para cada escola organizar o desfile. O valor será dividido em três parcelas, com a última vencendo em janeiro. O problema é que os recursos chegarão tarde.
São pelo menos 60 dias de atraso, segundo o presidente da Liesf (Liga das Escolas de Samba de Florianópolis), Zeca Machado. Ele garante que haverá Carnaval, mas não com a mesma qualidade.

A crise foi agravada pelo fato de o Carnaval ocorrer no começo de fevereiro (dia 12) e não em março. A demora no repasse dos recursos tem efeito cascata. Machado explicou que as agremiações estão fazendo o que não requer gastos imediatos, como o desenho das fantasias e ensaios.

O primeiro empecilho é o material para a confecção das peças, comprado no Rio de Janeiro e em São Paulo. Mesmo que os tecidos cheguem logo, o trabalho será intenso. “As escolas estão preparadas para trabalhar 24 horas por dia para colocar o Carnaval na rua, mas ainda assim a grandiosidade do Carnaval está comprometida. É impossível taparmos o sol com a peneira. Não temos tempo hábil e material para manter o nível da festa”, lamentou Machado.

O secretário de Turismo de Florianópolis, Carlos Alberto Pereira da Silva, culpa a direção das escolas pelo imbróglio. “Elas só apresentaram os pedidos em outubro, com exceção da Consulado. Já formulamos os convênios de quatro escolas. Estão pendentes o da Copa Lord e da Coloninha, que tem problemas na prestação de contas”, justificou.

Troca de sistema atrasa repasse

O governo do Estado também não cumpriu a promessa de repassar os recursos para a realização do Carnaval. Por meio da assessoria de imprensa, o secretário interino de Turismo, Cultura e Esportes, Celso Calcanhoto, informou que o problema foi motivado pela troca do sistema que cadastra os projetos que serão beneficiados.

Só depois da implantação é que as agremiações podem fazer a inscrição. A liberação do dinheiro ainda depende de análise da secretaria. O valor não foi informado.

A bicampeã União da Ilha da Magia antecipou os ensaios em 30 dias para superar a crise. O presidente Joel Brigido da Costa Júnior, disse que a medida foi tomada para arrecadar fundos com a venda de bebidas e fantasias, mas que ainda assim depende da parceria com governo do Estado e Prefeitura de Florianópolis. “Nós temos um modelo de gestão empresarial e reciclamos o material antigo. Por isso, estamos conseguindo fazer alguma coisa”, afirmou.

Os galpões de quatro agremiações ficam em São José. Nesse local, apenas a União da Ilha iniciou a produção dos carros alegóricos e a Coloninha começou a reciclar as peças do ano passado.

(ND, 09/11/2012)

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