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Pedestres e motoristas não respeitam faixas e semáforos nas ruas de Florianópolis

A avenida Paulo Fontes, no Centro da Capital, é conhecida pela imprudência de motoristas e pedestres. Em 30 minutos que a reportagem observou a movimentação, foi possível registrar vários momentos de risco. Mesmo com o sinal aberto para os carros, muitas pessoas arriscam suas vidas e decidem atravessar. Da mesma forma, os motoristas estacionam em cima da faixa de pedestres ou param em cima dela quando o sinal fecha. Falta respeito de ambos os lados. Situação adversa àquela que a Semana Nacional do Trânsito quer trazer como princípios para quem usa as vias da cidade.
Dyulie de Araújo, 18 anos, corre pela faixa no momento em que o semáforo para pedestres fica vermelho. Segundo ela, o motorista tem que esperar as pessoas passarem, mas eles aceleram. “Passo todo dia por aqui. É sempre assim, eles colocam pressão pra gente passar rápido. Tem outras vezes também que o outro semáforo fecha e eles ficam em cima da faixa. Fico muito irritada com isso”, afirmou.
Dyulie faz aulas no Centro de Formação de Condutores e aprendeu que os pedestres sempre têm prioridade. “Eu sofro com isso, por isso respeito quando dirijo”, relatou.
O Código Nacional de Trânsito, em seu artigo 70, afirma que o pedestre tem prioridade, exceto em locais com sinalização por semáforo, como é o caso da Paulo Fontes. Entretanto, a legislação salienta que, mesmo que o sinal abra para os motoristas, é preciso deixar o pedestre terminar o percurso quando ele estiver atravessando a via. O que nem sempre acontece.
Eterna briga entre pedestre e motorista
Motoristas e pedestres custam a admitir possíveis erros no trânsito. Carlos Santos mora há três anos em Florianópolis e garantiu que sempre respeita a faixa. Ele e a família esperavam na calçada pelo sinal verde para atravessar. “Quando dirijo eu paro na faixa. Mas o pedestre nem sempre coopera. Às vezes, ele mesmo não passa na faixa”, relatou.
Uma cena fácil de flagrar na Praça 15. Muitas pessoas passam alguns centímetros da sinalização. Foi o que fez Rodrigo Macário. Distraído e com pressa, não percebeu que estava fora das listras brancas marcadas no chão. “Eu sempre uso a faixa, até porque tenho uma filha de três anos e passo isso para ela. Toda vez que saímos ela faz positivo para agradecer os motoristas que nos deixam passar. Todo mundo tem que colaborar para um trânsito melhor”, concluiu.
Educação para prevenção
Nas escolas, as crianças aprendem a respeitar os motoristas e a serem respeitadas quando pisam na faixa de pedestres. Durante toda a Semana Nacional do Trânsito, professores da Escola Estadual Lauro Müller fazem atividades com os alunos que envolvem o reconhecimento das placas de trânsito, como se comportar na rua, segurança no trânsito e, principalmente, como atravessar a rua. A assessora da escola, Juciane da Silva, destacou o último ponto. “Os carros não respeitam a faixa que tem na frente da escola e muitas crianças quase foram atropeladas”, disse.
De fato, o que os alunos do ensino fundamental do colégio aprendem em sala de aula não é necessariamente aplicado na prática pela população. Quando o sinal do colégio toca e as crianças saem para a rua, alguns motoristas param, mas outros não. A maioria dos alunos já aprendeu a esperar na calçada até ter certeza que pode passar com segurança. “Já pedimos várias vezes alguém da Guarda Municipal para monitorar o trânsito, mas nunca tivemos retorno”, contou Juciane.
Para o vendedor Felipe Pimentel só quem já foi pedestre entende o outro lado. “A lei é o bom senso. Às vezes o pedestre entra de repente na via, outras vezes o motorista não dá a vez para o pedestre passar. Isso tem consequências graves. Mas a faixa ajuda a regular o trânsito. E a segurança do pedestre é primordial”, opinou.
(ND, 19/09/2012)

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