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Robô vai substituir motorista na hora de estacionar carro na Capital

Os motoristas de Florianópolis terão que esperar um pouco mais para poderem estacionar seus carros no primeiro edifício-garagem automatizado e aberto 24 horas por dia.A obra foi embargada pela Justiça, a pedido do Ministério Público. determinando a suspensão do contrato entre o Estado e a I-Park Estacionamentos Inteligentes SA.
A obra já havia sido embargada há um ano, por suspeita de irregularidades na modalidade concorrência publica, já que o terreno é do Estado. A empresa não retornou contatos da reportagem para falar sobre a decisão da Justiça. Quando resolvida a questão, quem vai manobrar os veículos até as vagas serão 15 robôs gerenciados por um cérebro eletrônico. Esta tecnologia revolucionária para o Brasil, e até para o mundo, é cem por cento catarinense.
Confira o vídeo com imagens do edifício-garagem
O prédio fica próximo da Catedral Metropolitana de Florianópolis e tem 256 vagas. O aproveitamento do espaço feito com estrutura metálica, no terreno de 1,3 mil metros quadrados, é incomparável ao antigo estacionamento onde cabiam 28 veículos.
Além de ter capacidade para receber mais carros, o diferencial está no modo de controlar e armazenar os veículos pelos oito andares do prédio.
Os automóveis serão estacionados por robôs, não do tipo humanoide, mas uma espécie de plataformas automatizadas. Três deles ficam nas cabines, outros quatro são do sistema de elevação e o restante recebe os carros nos andares e levam até as vagas. A estrutura pode guardar até três carros ao mesmo tempo.
— A possibilidade de movimentar diversos veículos no mesmo momento é uma inovação. Existem tecnologias parecidas em outros locais do mundo, mas são sequenciadas, ou seja, levam ou trazem um carro de cada vez — explica o diretor de tecnologia da I-Park, Paulo Guimarães, que patenteou a ideia.
O motorista deixa o carro em uma das três cabines e o restante das manobras é feita pelos robôs. Segundo Guimarães, não há interação humana durante o estacionamento, que leva no máximo 70 segundos. Os únicos atendentes são os que fazem a cobrança, isso se o motorista não quiser pagar no guichê eletrônico.
— Existe um cérebro eletrônico que faz a gestão dos robôs e, com isso, ganhamos tempo — diz Guimarães.
Tanta inovação na Ilha é encarada como uma oportunidade de desenvolvimento para jovens profissionais que atuam no projeto. O engenheiro de controle e automação Luan Young é o responsável por programar os robôs. Formado na Universidade Federal de Santa Catarina, seu primeiro emprego foi na I-Park, há cinco anos.
— É uma oportunidade de lidar com equipamentos de última geração. Dificilmente na Região da Grande Florianópolis conseguiria trabalhar com robótica — acredita.
Balé de veículos para a plateia
As paredes de vidro trazem um aspecto futurista ao edifício-garagem, que já chama a atenção em uma área repleta de prédios históricos. Se a arquitetura é atraente, outro diferencial é que a obra conta com selo verde.
Os conceitos de sustentabilidade são aplicados no baixo consumo de energia. A movimentação de um carro gera o mesmo gasto de uma lâmpada de 180 watts por 70 segundos.
A operação dos veículos é feita com os motores dos carros desligados, evitando poluição do ar. O prédio tem aproveitamento da água da chuva, iluminação e ventilação natural. Não há risco de o motorista ficar sem retirar seu carro por falta de luz na região, pois o sistema conta com um gerador auxiliar próprio.
No prédio de 10 andares, sendo oito de garagens, o subsolo receberá uma galeria de nove lojas, banheiros e caixas eletrônicos para trazer comodidade aos motoristas.
O estacionamento vai atenuar o problema de vagas no Centro. Conforme o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), existem 8 mil vagas de Zona Azul., para uma demanda de 200 mil veículos.
O professor Werner Krauss, pesquisador de sistemas inteligentes de transportes da UFSC, considera que seria interessante o município investir em edifícios-garagem para substituir a Zona Azul por calçadas mais largas e ciclovias.
(DC, 28/07/2012)

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