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Maratona Cultural termina com sucesso de público e com a cidade conhecendo sua própria cultura

Por Carol Macário (ND, 28/11/2011)

Foi bom enquanto durou. E intenso. Em dois dias e uma noite, parte da produção cultural catarinense pode ser devidamente mostrada para um público sedento por cultura e arte, numa espécie de autoconhecimento cultural onde a população descobriu que a cidade tem sim muito a oferecer. Para muitos faltou tempo para conseguir contemplar toda programação. Faltou também transporte público eficiente e com mais horários para levar a plateia aos diferentes pontos da cidade. Mas sobrou organização, música de qualidade, espetáculos teatrais de alto nível, danças de todos os gêneros, cinema, arte e acima de tudo, clima de paz.

“A cidade estava precisando de um evento como esse. Tomara que aconteça todo ano”, afirmou Valéria Ledoux, que acompanhou o marido, Edson Ledoux e a neta Lara na programação vespertina da Lagoa da Conceição no domingo. No final de semana na Lagoa, enquanto crianças disputavam os balanços e gangorras da praça Bento Silvério, pais e avós curtiam bandas as quais nunca tinham ouvido falar, e gostaram. “É assim que começam a aparecer os músicos daqui e nós, como público, podemos conhecer a produção local”, disse Ledoux.

Caroline Stelle, 28, levou Davi, seu bebê de seis meses, para acompanhá-la na maratona. “E ele adorou”, disse, ressaltando o clima de tranquilidade nos eventos, possibilitando a participação também de crianças. E houve quem se transformou literalmente em maratonista para dar conta de contemplar diferentes atrações. Giliane Rebello,18, correu pelos quatro cantos da cidade nos três dias de maratona, cada um em um ponto de Florianópolis. Moradora do bairro Carvoeira, utilizou transporte público para chegar à praça da Lagoa da Conceição no domingo e lamentou não haver mais horários de ônibus. “Sem transporte eficiente é difícil prestigiar outros espaços. Quem depende de ônibus infelizmente não consegue acompanhar”, ressaltou. Emília Dutra, 20, também teve que escolher um local por dia por não ter como se deslocar para outros espaços.

Shows lotados, outros nem tanto

A abertura do evento, na sexta (25), com a banda Dazaranha seguida do Baile do Simonal com os músicos Max de Castro e Simoninha, assim como o show de Moraes Moreira no sábado (26), na Lagoa, superaram expectativas de público e alegria. “Foi lindo as ver as pessoas cantarem com Moreira sucessos de mais de 40 anos atrás”, afirma Ligia Gastaldi, curadora da Maratona. A maior parte dos teatros teve lotação máxima, assim como apresentações ao ar livre foram bem prestigiadas. Atrações com baixa adesão foram poucas.

De acordo com Ligia, um dos critérios da curadoria foi que as atrações tinham que ter um trabalho autoral e produzido localmente. “Não deu para contemplar todo mundo, mas conseguimos dar espaço para muita gente que tem um trabalho legal e nunca mostrou”, disse. A próxima edição da Maratona está prevista para março de 2012 e a pretensão é torná-la anual, sempre durante as comemorações do aniversário de Florianópolis.

Ribeirão pintado de rosa

Florianópolis vem demarcando seu espaço no hall das cidades referência em música instrumental. Sob um céu pintado de rosa pelo pôr-do-sol, a freguesia do Ribeirão da Ilha assistiu a gênios da música durante o Floripa Instrumental, evento da Maratona Cultural. No sábado (26), o violonista gaúcho Yamandu Costa tocou com o grupo de choro de Florianópolis Ginga do Mané e inebriou o público. Gabriel Grossi, um dos dez melhores gaitistas de boca (harmônica) do planeta deixou o público também em êxtase. Toninho Horta, Arismar do Espírito Santo e Robertinho Silva fecharam a primeira noite embalando cerca de 1.500 pessoas com clássicos como “Beijo Partido” e “Travessia”.

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