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Construção que abrigava os três poderes, na Capital, ganhou projeto de restauração e se tornará reduto cultural da cidade

Depois de quatro anos de interdição devido a problemas de conservação e de acessibilidade, o prédio da antiga Câmara de Vereadores de Florianópolis ganhou um projeto de restauração, que já foi encaminhado à prefeitura. No local funcionará o Museu de História da Cidade.

Será um espaço onde o visitante poderá interagir com o passado da região por meio de tecnologias de áudio, vídeo, entre outras novidades a serem estudadas para o espaço – o modelo implementado terá recursos similares aos dos utilizados no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

A expectativa do Serviço do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural (Sephan) é de que os R$ 4,8 milhões necessários para a realização da restauração entrem no orçamento do ano que vem.

– É uma região com vocação turística muito grande. Diversos ônibus de turistas param ali para conhecer a Praça XV, a Catedral Metropolitana e o Mercado Público – explica a arquiteta e urbanista do Sephan Suzane Albers Araujo.

Para a elaboração do projeto, o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) publicou um livro com a história do prédio e de suas formas originais. Fez, ainda, um levantamento métrico da casa, promoveu uma limpeza e diagnosticou o que precisa ser restaurado.

O projeto prevê, ainda, a construção de um anexo à antiga edificação no Centro da Capital. Projetado com materiais modernos e arquitetura do século 21, o local vai abrigar, também, uma cafeteria, que será aberta ao público.

De volta ao passado

– Foi construída em 1771 em estilo colonial.
– Abrigou, inicialmente, a Câmara e a cadeia da antiga Vila de Nossa Senhora do Desterro, como era chamada a Capital.
– Concentrava os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além da cadeia.
– Mais tarde, o casarão deixou de ser uma cadeia e o pavimento inferior foi transformado em prefeitura.
– Em 1902, o prédio passou por uma reforma que o deixou com um estilo arquitetônico mais eclético.
– Até 2005, a Câmara de Vereadores de Florianópolis funcionou no local.
– De 2005 a 2007, o espaço foi utilizado para eventos.
– Em 2007, o Ministério Público Estadual (MPSC) interditou o prédio por motivos de má conservação e problemas de acessibilidade.

(Por Anelize Salvagni, DC, 08/11/2011)

Os achados da construção

Uma parceria do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) possibilitou um trabalho de arqueologia no local. Depois de encontrar os pontos debaixo do solo, foi iniciada, na última sexta-feira, a fase de escavação das áreas identificadas.

O objetivo é revelar as antigas celas onde eram mantidos os presos quando o prédio era utilizado como cadeia, ainda no período colonial. As áreas e objetos encontrados serão incorporados ao museu.

– Foi possível perceber como o prédio foi alterado ao longo do tempo. Nós encontramos as áreas de latrina, os pisos mais antigos, restos de comida e louças quebradas, mas ainda não chegamos ao objetivo principal, que é a entrada do calabouço – explica a arqueóloga coordenadora do trabalho no local, Deisi Scunderlick.

Ao todo, foram encontradas mais de 200 peças que ajudam a contar a história do antigo casarão.

A descoberta de todos estes itens e a dificuldade em revelar a entrada das celas vão fazer com que o prédio passe por uma nova fase de pesquisas.

– No próximo ano, dependendo da verba e da aprovação, devemos fazer novo trabalho de escavação para abrir áreas maiores. Essa fase pode ser realizada concomitantemente à obra de restauração – afirma Deisi.

(DC, 08/11/2011)

TCE arquiva processos

O inquérito iniciado pela 31a Promotoria de Justiça da Capital para averiguar possíveis irregularidades na contratação da ONG Diverscidades pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) para a reforma do local teve o prazo de conclusão prorrogado.

Na época, o caso levou à exoneração da arquiteta Maria Cristina Piazza, que se dividia entre a presidência da ONG e a diretoria do Ipuf. A relação da Diverscidades com a realização de dois eventos para o governo do Estado, o 1o Fórum das Américas sobre Mobilidade Urbana nas Cidades e o Architectour – Seminário Internacional da Arquitetura para a Cultura e o Turismo seguem sob investigação do Ministério Público Estadual. Para o Tribunal de Contas, não houve beneficiamento das partes envolvidas, já que a verba de R$ 25 milhões prevista para o projeto não foi liberada e foi feita a rescisão do contrato entre o Ipuf e a ONG. Com base nisso, o TCE arquivou, neste ano, os dois processos.

(DC, 08/11/2011)

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