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Lixo eletrônico não tem destinação correta em Florianópolis

Número de descarte de eletroeletrônicos aumenta com a evolução da tecnologia e muita gente não sabe o que fazer os equipamentos fora de uso
Os celulares eram gigantes, quase não cabiam no bolso, os monitores eram de tubo, os fogões não eram automáticos e, tão pouco, as máquinas de lavar tinham mecanismos digitais. Com uma renovação acelerada da tecnologia, o que há alguns anos era novidade, tornou-se um dos lixos mais perigosos para o ser humano e para o meio ambiente. Formado por inúmeros componentes químicos, o chamado lixo eletrônico ainda não tem na Capital um destino adequado, apesar da aprovação da Lei dos Resíduos Sólidos, nº 12.305, no ano passado, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entretanto, tornou-se uma das principais fontes de renda da população carente, que não conhece os riscos do manuseio desses equipamentos.
Órgãos municipais relacionados ao comércio não possuem dados de vendas dos aparelhos e não há controle dos números de eletroeletrônicos descartados em Florianópolis. Porém, segundo dados da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), o número de PCs vendidos no país cresceu de 3,2 milhões, em 2003, para 14 milhões em 2010. A produção de celulares também teve um salto: de 27 milhões, em 2003, para 61 milhões, em 2010. Com uma maior comercialização, maior também será o número desses aparelhos descartados nos próximos anos.
O presidente da Comcap (Companhia Melhoramentos da Capital), Marius Bagnati, diz que a empresa coleta cerca de 50 toneladas de material eletrônico por mês, o equivalente a quase 4.000 monitores de tubo. Os computadores são encaminhados ao CDI-SC (Comitê para Democratização da Informática em Santa Catarina) e outros aparelhos são entregues a associações que reciclam esses materiais. Ainda, por semana, a Comcap recolhe 60 toneladas de lixo pesado, que contém, além de restos de entulhos da construção civil, fogões, geladeiras e televisores.
Entretanto, muitos equipamentos são deixados nas ruas, em pontos de descartes, e são coletados por sucateiros antes da passagem da Comcap para recolhimento. Tanto os sucateiros quanto as associações de recicladores retiram o que interessa dos equipamentos visando o lucro e descartam no lixo convencional as partes contaminadas com produtos químicos, que não têm valor comercial.
(Por Emanuelle Gomes, ND, 31/10/2011)

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