Atropelamento na av. Paulo Fontes, Florianópolis, reacende a discussão sobre insegurança na via

No dia a dia, 220 mil pessoas disputam espaço com cerca de 15 mil veículos que cruzam diariamente as faixa de pedestre
Meio ano após a reabertura da avenida Paulo Fontes, no Centro da Capital, 220 mil pessoas ainda disputam espaço com cerca de 15 mil veículos que cruzam diariamente as faixas para pedestre em frente ao Ticen (Terminal de Integração do Centro). A alta velocidade dos veículos aliada à imprudência dos pedestres provoca acidentes constantes na região. Na tarde de ontem, uma senhora de 87 anos foi atropelada no local e encaminhada ao Hospital Celso Ramos.
De acordo com o gerente de trânsito da Guarda Municipal, Alberto Martins, este não foi o primeiro, nem o único atropelamento registrado na avenida Paulo Fontes depois de sua reabertura em 16 de março deste ano. Segundo ele, os acidentes são constantes e todos têm apenas um motivo: imprudência. “Desde que foi reaberta até hoje muitos pedestres ainda não respeitam a sinalização e cruzam a via com o sinal vermelho”, explica.
E foi o que fez a senhora Dalva Maria Valtrick, 87, às 14h18 de ontem. Segundo o vendedor, Romário Santos de Liz, 22, que trabalha
em frente ao Ticen, quando ela estava quase alcançando o meio-fio da calçada, uma motocicleta lhe atingiu pelas costas. “Ela caiu e bateu a cabeça, mas estava bem. O que aconteceu hoje (ontem) ocorre com frequência por aqui”, conta o vendedor.
O relato de Romário foi confirmado pela reportagem do Notícias do Dia, que em apenas dez minutos de observação no local, quase registrou mais um atropelamento. A pedestre Edi Viana, 60, precisou puxar o braço de um jovem, que desorientado, quase se tornou outra vítima. “Ele ia ser pego em cheio se eu não o segurasse”, comenta Edi.
(Por Aline Rebequi, ND, 29/09/2011)