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Quem é e o que pensa a nova classe média de SC

Catarinense sonha com o carro zero e a educação dos filhos, mas ainda tem como principal gasto a alimentação da família
A classe C está na moda. Governo, pesquisadores e empresas tentam entender como se comporta e, principalmente, o que deseja a nova classe média brasileira, que viu a sua renda crescer 8% ao ano desde 2005. Para ajudar na tarefa, a Fecomércio-SC divulga, hoje, um estudo sobre o Estado, que possui a maior parcela da população (64%, segundo a FGV) dentro desta faixa da pirâmide social.

Os dados contidos nestas páginas são uma fotografia do cenário atual e uma fonte importante para projetar os próximos anos.

Eles resumem 3.626 entrevistas realizadas pelo Núcleo de Pesquisas da Fecomércio em Lages, Florianópolis, Joinville, Blumenau, Criciúma e Chapecó entre 6 e 22 de junho.

A pesquisa, que será debatida em evento, na Capital, revela, por exemplo, a forte procura por bens duráveis. Aparelhos eletrônicos de ponta, como GPS e TVs de tela fina, estão, agora, ao alcance da classe média. Os itens supermercado e alimentação ainda são o principal gasto das famílias deste segmento, em parte por causa da inflação em alta. Mas a lista de sonhos de consumo da Classe C catarinense inclui educação e viagens ou lazer. Só ficam atrás do carro zero, maior objeto de desejo.

Estas famílias apresentam uma estrutura tradicional, com pai e mãe em casa e o homem no papel de chefe do lar. O grau de instrução é ensino médio ou mais e 48% têm carteira assinada. E engana-se quem pensa que a ascensão social ocorreu por causa de benefícios do governo. A pesquisa revela que só 9% receberam ajuda na educação e apenas 3% estão cadastrados nos programas assistenciais federais.

Saber como pensa a classe C será crucial para a estratégia e a sobrevivência de empresas. A tendência é que o consumo deste público assuma de vez o papel de principal motor da economia brasileira. Para o professor de Economia da Trevisan Escola de Negócios Alcides Leite, o movimento é muito bom porque é característica de países desenvolvidos ter uma classe média grande.

Juros precisam ser menores

O professor acrescenta que, para tornar essa tendência uma realidade, será necessário cortar as taxas de juros praticadas no país, entre as maiores do mundo, evitando que o nível de endividamento das famílias saia do controle e comprometa o seu poder de compra – 90% dos lares catarinenses tinham algum tipo de dívida em agosto, e 9% admitiam não ter condições de pagá-las.

Leite afirma que, com este cuidado e maior taxa de investimento público e privado, a expansão da Classe C vai continuar. Esta combinação de fatores levaria, segundo ele, a um aumento natural do PIB, o que poderia ocorrer daqui a quatro anos, se o governo fizer direito a lição de casa.

O Planalto promete lançar até o final deste ano um conjunto de medidas direcionada à nova classe média. Uma delas seria uma espécie de “bolsa do trabalhador”.

O cientista político Marco Antônio Teixeira ressalta que a preocupação também se explica pelo peso político que a classe C, 51% da população ou 94 milhões de brasileiros, terá na sucessão presidencial de 2014.

(Por Felipe Pereira, DC, 30/08/2011)

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