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Revitalização do Largo da Alfândega
11/07/2011

Artigo escrito por Ricardo Valls – Vice-presidente da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (DC, 11/07/2011)

Nas últimas semanas, o governo definiu que a solução para nossa prejudicada mobilidade urbana será a construção de uma quarta ponte, ligando um ponto próximo ao trapiche da Beira-Mar Norte com a Ponta do Leal, no Continente. Segundo o Google Earth, uma distância de aproximadamente 2,2 quilômetros, ou seja, o dobro das atuais pontes que estão em uso. Não chega a ser exatamente uma obra enorme, mas é uma ponte grande, que ocupará espaço muito nobre da cidade. E talvez tenha um impacto positivo na absorção e redistribuição do trânsito, pelo menos esse é o objetivo. Não sou muito fã desta solução numa comparação do ótimo urbanista Andrés Duany, seria como um sujeito obeso afrouxar o cinto. Melhora, mas não resolve. E, assim, em pouco tempo estará apertado novamente. Nem acho que ela atenda ao caráter emergencial do problema que vivemos hoje é uma obra para uns três ou cinco anos, numa visão otimista e se o licenciamento ambiental transcorrer de forma técnica, despolitizada. Em menos de três anos, a cidade já estará completamente travada.

Temos que pensar em outras soluções, como o estímulo às empresas para adotarem o horário flexível de entrada entre 7h e 10h e saída entre 16 e 19h, para distribuir o trânsito nos horários de rush; ou o incentivo à ocupação marginal da Via Expressa com prédios corporativos, desobrigando muita gente de entrar na Ilha. Há várias outras alternativas. Independentemente de tudo, parece que a quarta ponte virá. E, nesse caso, alimento uma esperança. A de que ela seja uma obra grandiosa, embora não grande.

Não devemos economizar para fazê-la. Somos um destino turístico e precisamos agir como tal. A nova ponte precisa ser espetacular, uma espécie de “nova Hercílio Luz”, que precisa até ofuscar a original. É assim que fazem os países sérios: sempre melhor. Vejam as pontes Erasmusbrug, na Holanda; Great Belt, na Dinamarca ou Tsing Ma, em Hong Kong. Elas não deixam dúvidas.

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