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Exponáutica abre as portas com projeto que deve elevar o potencial náutico de Biguaçu

A exposição acontece até domingo na Marina Pier 33, em Biguaçu

A primeira fase do projeto Biguaçu: pólo náutico catarinense deu o primeiro passo na manhã desta quinta-feira (23), durante a abertura da terceira edição da Exponáutica, que acontece na Marina Pier 33, em Biguaçu. A intenção é transformar a cidade da Grande Florianópolis em referência nacional quando o assunto é o segmento náutico. Este ano, a Exponáutica está 30% maior em relação a 2010 e deve movimentar R$ 50 milhões até domingo, quando se encerram as atividades da feira.

O prefeito de Biguaçu, José Castelo Deschamps, sinalizou a prioridade do projeto neste momento que é de ouvir, através de uma pesquisa, todos os participantes, empresários e investidores da Exponáutica. “Somente assim saberemos suas expectativas e anseios para que Biguaçu possa se tornar referência como pólo náutico”, destacou. Com a pesquisa finalizada, o projeto ganha outro viés, através de encontros com institutos de pesquisas e também entidades municipais e estaduais.

Para o secretário de turismo, cultura e esporte de Biguaçu, Douglas Borba, a estratégia da cidade com a criação do projeto pólo náutico é de elevar o número de estaleiros de quatro – existentes atualmente – para 10 em dois anos. Para que isso aconteça, uma das prioridades do plano diretor de Biguaçu é consolidar o uso do mar no município.

O governador do Estado, Raimundo Colombo, que também esteve presente durante a abertura do evento, elogiou a iniciativa de Biguaçu em realizar o projeto de transformação em pólo náutico. “Há dez anos pouquíssimas pessoas pensavam em ter um barco. Hoje, com a melhoria da qualidade de vida, temos que apostar nesse setor que só tem a crescer”, enalteceu Colombo.

Santa Catarina em terceiro lugar no Brasil

Rio de Janeiro e São Paulo. Esses são os estados brasileiros que ainda estão na frente de Santa Catarina quando o assunto é investimento em navegação. De acordo com Ivan Gogolewsky, um dos organizadores da Exponáutica o mercado náutico brasileiro cresce 40% ao ano. “Somente nesta feira devem circular R$ 50 milhões em negócios”, descreveu. No total, estão presentes na Exponáutica, 50 estandes e até 70 embarcações.

Durante a feira, que só termina no domingo (26), os visitantes poderão fechar negócios com os melhores empresários do setor. Estão expostas lanchas de até R$ 4 milhões, além de novidades tecnológicas como navegadores automatizados. “Essa novidade permite que seja feita a navegação no escuro com muito mais segurança”, destacou Gogolewsky.

Uma das lanchas da Schaefer Yachts, estaleiro localizado em Palhoça, mostra o que há de mais sofisticado no setor. “No Brasil, os clientes procuram lanchas com uma área externa ampla, ao contrário da Europa, que por suas características climáticas diferentes, exige uma área interna maior”, observa o gerente de exportação da Schaefer, Guilherme Andrade.

Por dentro da lancha, de 50 pés, o conforto é total. Durante o dia, pode receber até 16 pessoas durante o dia e seis para a pernoite. Todos ficam acomodados em três cabines e contam com o suporte de dois banheiros e uma cozinha completa.

(Por Saraga Schiestl, ND, 23/06/2011)

Os caminhos para comprar a sua lancha

Evento em Biguaçu reúne opções para diferentes bolsos e prepara visitante para começar a navegar

O luxo está popular. A Exponáutica, realizada até domingo em Biguaçu, demonstra como comprar uma lancha não é uma tarefa para poucos marinheiros. No local, os interessados podem ter acesso a barcos com preços promocionais, linhas de financiamento, consórcio e cursos para conseguir a habilitação para sair navegando.

Os valores praticados na feira vão do patamar de um carro com preço médio até a cifra de alguns milhões. Os interessados que não tiverem todo o dinheiro podem optar por financiamentos ou consórcios (veja quadro). No primeiro caso, o consumidor precisa pagar uma entrada. No segundo, pode pedir o crédito que necessita e pagar o que deve em até cem meses, podendo ser contemplado em sorteios mensais.

Os vendedores das diferentes marcas presentes na feira oferecem possibilidades de parcelamentos e, alguns estaleiros, preços promocionais. A catarinense Schaefer Yachts, uma das maiores fabricantes de lanchas do país, comercializa a Phantom 260, que tem capacidade para oito pessoas e cabine para pernoite de duas, por R$ 170 mil.

– A lancha usa gasolina comum e gasta uma média de 30 litros por hora de navegação, o que lhe permite uma autonomia entre seis e sete horas – diz o vendedor Renato Maliceski.

Mas o valor do combustível não é o único custo a ser ponderado. De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Marinas, Garagens Náuticas e Afins (Acatmar), Leandro Ferrari, embarcações com até 18 pés (5,5 metros de comprimento) podem ser guardadas em casa. Mas as maiores devem ser mantidas em marinas.

O preço do aluguel em uma marina é calculado pelo tamanho do barco. Em SC, a vaga para uma lancha de 26 pés pode custar entre R$ 468 e R$ 910. Mas não existem muitas opções disponíveis. Segundo Ferrari, 70% dos espaços nas marinas catarinenses estão com ocupação fixa.

– As marinas estão bem cheias. No último verão, 2,5 mil embarcações deixaram de vir para o Estado por falta de vagas – destaca.

Cursos para assumir o comando do barco

Além de fazer as contas para comprar e manter uma lancha, o futuro marinheiro deve tirar habilitações próprias. Na Exponáutica é possível contratar cursos do capitão Josemar Leal, adepto de barcos à vela há 45 anos, por preços promocionais.

Diferente de quem tira uma habilitação para carro, quem for navegar passa apenas por exames teóricos – não é preciso fazer prova prática – e tem três graus de habilitação que devem ser alcançados gradativamente.

Segundo Leal, no domingo, às 15h, a Marinha vai fazer uma prova teórica para quem quiser tirar o arrais amador (que permite a navegação em águas doces e abrigadas, como lagoas e baías), sem custos.

(Por Alessandra Ogeda, DC, 23/06/2011)

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