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Comissão tentará solucionar impasse na obra da antiga Câmara

Convocada pelo requerimento do vereador Dalmo Meneses (PP) e presidida pelo vereador Erádio Gonçalves (DEM), a reunião ampliada da Comissão de Viação, Obras Públicas e Urbanismo discutiu, na tarde de quarta-feira, dia 8 de junho, as obras de restauração da antiga Casa da Câmara e da Cadeia, junto à Praça XV, onde, por mais de 200 anos, funcionou o Legislativo Municipal.

A intenção de Dalmo Meneses era promover uma parceria entre a secretaria de Estado de Cultura, Turismo e Esportes e a Secretaria de Turismo e o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis, para que, juntos, pudessem agilizar a obra de restauração do prédio construído entre 1771 e 1780 e tombado pelo Patrimônio Histórico.

Como a secretaria estadual não mandou representantes à reunião, foi decidido que uma comissão formada pelos vereadores Dalmo, Erádio e Aurélio Valente (vereador do PP, autor, também, de uma série de requerimentos e audiências públicas sobre o tema), o secretário de Turismo de Florianópolis, Carlos Alberto Pereira, mais a equipe do Ipuf responsável pelo restauro, irá se encontrar com o secretário estadual César Souza Júnior para tratar da questão.

“Nosso interesse é ver aquele prédio recuperado e devolvido à população”, disse Dalmo Meneses, lembrando que, após a restauração, a antiga Câmara irá abrigar o Museu Histórico de Florianópolis.
O secretário municipal Carlos Alberto Pereira afirmou que a equipe técnica do Ipuf está fazendo tudo com competência, e que existem dois caminhos para se obter recursos para a obra: através da Lei Rouanet ou por intermédio de um convênio com o governo do Estado.

O projeto de restauro do prédio da Câmara foi detalhado pela restauradora e responsável pelo setor de Patrimônio Histórico e Arquitetônico do Ipuf, Maria Anita Nunes, que mostrou através de fotos, croquis, desenhos e plantas baixas como está o andamento das obras. Segundo ela, apenas uma única grande reforma foi feita no prédio, de 1902 a 1908, quando foi retirada a cadeia e ficando só a Câmara, tirando-lhe a característica colonial.

Segundo ela, quase todo o levantamento cadastral (uma verdadeira radiografia do prédio) está concluído, faltando apenas a contratação de uma equipe para realizar a última prospecção arqueológica no local, o que deve acontecer em duas semanas. Com isso feito, será possível concluir o projeto de restauro e saber quanto custará e quanto tempo vai levar até a conclusão da obra. Os trabalhos devem iniciar em meados de 2012.

Logo em seguida, Maria Anita, que é irmã do vice-prefeito João Batista Nunes, fez uma revelação bombástica. Segundo ela, a ex-diretora do Ipuf, a arquiteta Maria Cristina Piazza, se apropriou do levantamento cadastral feito pelo corpo técnico do instituto, acrescentou alguns dados retirados de outras audiências públicas e, após uma maquiagem no material, o apresentou como sendo o projeto de restauração da ong Diverscidades – dirigida por ela própria – para captação de R$ 25 milhões para a obra.

O convênio assinado em janeiro do ano passado entre a Prefeitura e o instituto Diverscidades (que previa o repasse de 10% do valor da obra a título de contrapartida) foi revogado e Maria Cristina Piazza foi exonerada do cargo de diretora de Planejamento do Ipuf pelo prefeito Dário Berger. Na reunião de quarta-feira, na Câmara, foi a primeira vez que alguém do Ipuf se maifestou sobre o assunto.

(Câmara Municipal de Florianópolis, 09/06/2011)

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