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Prefeitura de Florianópolis planeja implantar sistema de bicicletas públicas em 2012

Proposta será estudada e aprimorada pela Pró-Bici, comissão criada na Capital para discutir a mobilidade urbana com o uso da bicicleta
A mobilidade urbana poderá ter um motivo a mais para comemorar o próximo aniversário da Capital, em 23 de março de 2012. A Prefeitura de Florianópolis planeja inaugurar na data o sistema de transporte por bicicletas públicas, uma espécie de aluguel de bicicletas a uma baixa tarifa para percorrer determinados percursos. O convite para o estudo do modelo foi feito pela empresa Icnita Emovity, de Barcelona, em visita recente à Capital.
De acordo com a diretora de Planejamento do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis), Vera Lúcia Gonçalves da Silva, membro da Pró-Bici (Comissão Municipal de Mobilidade Urbana por Bicicleta), a empresa espanhola estudou modelos de bicicletas públicas no mundo todo e apresentou uma proposta ao município. “Os testes seriam feitos em dois eixos principais, a avenida Beira-mar Norte ligando à UFSC, e a avenida Hercílio Luz, no Centro”, explica, lembrando que a ideia ainda será discutida e aprimorada pelos membros da Pró-Bici.
Normalmente, nos sistemas de bicicletas públicas o usuário paga um valor e retira a bicicleta de uma estação. Após percorrer o trecho desejado, devolve a bicicleta em outra estação, com a opção de concluir o trajeto a pé ou de ônibus. Neste último caso, preferencialmente com integração da tarifa já paga pelo uso da bicicleta. Outra proposta é criar bicicletários que funcionariam como estacionamentos. Quem tem bicicleta e deseja ir ao trabalho ou à escola, poderia guardá-la nestes espaços mediante pagamento de taxas.
Para o diretor-executivo da 8-80 Cities, entidade canadense que promove o uso de transportes alternativos, Guillermo Peñalosa, é preciso promover um projeto completo. “Não adianta bicicleta pública sem uma rede de ciclovias interligadas pela cidade. Várias tentativas no mundo que não pensaram na interligação foram um fracasso”, ressalta.
Para alemão, é preciso melhorar sistema de transporte
Transporte público por meio de ciclovias é um dos temas do Fórum Internacional sobre Mobilidade Urbana realizado em Florianópolis nesta terça e quarta-feira. A Capital recebeu diferentes especialistas nacionais e internacionais no assunto. Um deles é Patrick Daude, coordenador do Cities For Mobility, maior entidade privada do planeta que trata sobre mobilidade urbana e é sediada em Stuttgart, na Alemanha.
Daude também integra a equipe de política da prefeitura e câmara daquela cidade. Como representante do prefeito de Stuttgart, faz uma espécie de intercâmbio com a Prefeitura da Capital há cinco anos e já percebeu os principais problemas da cidade. “Há vontade em mudar, mas é um caminho difícil. Percebemos o predomínio do espaço público para carros. No entanto, falta estrutura para optar pela bicicleta. E não basta infraestrutura, é preciso educação especialmente para demonstrar respeito ao ciclista”, lembra.
Para o alemão, o transporte público por meio de ônibus também precisa de melhorias. “Os terminais são bons e os ônibus são até modernos. Mas falta integração tarifária em toda a região”, diz. Outro problema é a falta de informações dentro dos terminais e nos pontos de ônibus. “Para onde vai? Qual linha? Poderia haver um mapa mostrando todo o percurso. Vejo que os telões ficam com até um minuto de publicidade. Imagine você chegar atrasado, querendo pegar um ônibus e ter que esperar até um minuto para ver qual é a próxima linha?”, alerta.
Sobre uma das principais polêmicas da Capital, um túnel ou uma ponte como quarta ligação entre Ilha e Continente, Daude afirma não ter preferência. “Não tenho dados técnicos para avaliar um túnel ou uma ponte. No entanto, se for para criar outro espaço, que se dê prioridade ao transporte público”, observa.
Serviço
O quê: Fórum Internacional sobre Mobilidade Urbana
Quando: 26 e 27/4, das 9h às 18h
Onde: Teatro Governador Pedro Ivo Campos, na SC-401
Quanto: de R$ 592,50 a R$ 790
Como se inscrever: pelo site www.mobilidadenascidades.com.br, pelo e-mail inscricoes@shopconsult.com.br no local do evento
Palestras
Confira temas da programação
– “Soluções para a Mobilidade Urbana”, com o canadense Guillermo Peñalosa
– “Transporte Público: Além do BRT – Veículos leves sobre trilhos (VLT) ou metrô?”, com o colombiano Carlos Felipe Pardo e o alemão Niklas Sieber
– “Andar de Bicicleta e Andar a Pé: uma nova perspectiva para as sociedades dependentes de carros”, com o holandês Ton Daggers, o inglês Rodney Tolley e o alemão Claus Köhnlein
– “O carro nas cidades”, com o colombiano Klaus Banse e o brasileiro Lincoln Paiva
– “A Copa do Mundo de 2014 – Organização de sucesso e benefícios de longa duração para as Cidades”, o alemão Patrick Daude e a brasileira Carla Pereira
– “A questão da Mobilidade Urbana nas Cidades Catarinenses”, com Giselle Xavier
– “Bicicleta – da recreação à cidadania”, com o canadense Guillermo Peñalosa
(Por Maiara Gonçalves, ND, 26/04/2011)
Capital recebe Fórum Internacional sobre Mobilidade Urbana
Soluções para problemas nessa área serão discutidos com especialistas de países como Alemanha, Holanda e Inglaterra
Cerca de mil pessoas devem participar do Fórum Internacional sobre Mobilidade Urbana, que será realizado em Florianópolis nesta terça (26) e quarta-feira (27), com a presença de especialistas de países como Alemanha, Holanda e Inglaterra. No que pretende ser uma troca de informações a respeito do tema, a capital terá mais a aprender que a ensinar, segundo avaliação da coordenadora do CicloBrasil, grupo da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) que pesquisa o assunto, Giselle Xavier.
Para Giselle, que vai liderar o painel “A questão da Mobilidade Urbana nas Cidades Catarinenses”, quem trabalha na área terá a chance de conhecer soluções encontradas em outros lugares e discutir formas de adaptá-las à realidade local. A Dinamarca, que tem municípios mais montanhosos que Florianópolis, é uma referência. “Lá, além de o transporte público ser eficientíssimo, a bicicleta é utilizada em larga escala. Nos pontos mais íngremes, há até espécies de elevadores para ajudar os ciclistas”, conta.
Essa qualidade superior da mobilidade urbana em nações mais desenvolvidas é explicada pela história. “Na Holanda, houve uma saturação do trânsito nos anos 70. Hoje, as pessoas se locomovem basicamente com bicicletas e meios de transporte públicos. Mas isso porque aprenderam que eles são mais rápidos”, diz Giselle. No Brasil, e especificamente na Ilha, o aprendizado está ocorrendo agora. “Os congestionamentos enfrentados aqui são grandes aliados, pois vão levar à mudança”, analisa a especialista.
População deve pressionar governo, diz especialista
Em Florianópolis, o ponto inicial para a melhoria da mobilidade urbana é fazer mais gente utilizar transporte público e bicicleta, afirma a especialista da Udesc. Mas, ao contrário do que normalmente se diz, Giselle acredita esse processo deve começar pela população, e não pelo poder público. “O governo responde às pressões dos cidadãos”, explica.
Para que isso aconteça, ela sugere um desafio: “As classes mais altas precisam andar de ônibus, como fazem quando viajam para o exterior”. Giselle calcula que, se dois em cada dez homens de classe média passassem a usar transporte público, o sistema melhoraria em duas semanas. “Essas pessoas têm mais voz, são as formadoras de opinião.”
Mas os governantes não ficam isentos de responsabilidade nessa discussão. “Eles precisam entender que é necessário investir com planejamento. Aqui, se faz uma ciclovia aqui e outra ali, sem ligação entre elas. Depois, se pergunta por que a sociedade não usa”, observa.
Palestras
– “Soluções para a Mobilidade Urbana”, com o canadense Guillermo Peñalosa
– “Transporte Público: Além do BRT – Veículos leves sobre trilhos (VLT) ou metrô?”, com o colombiano Carlos Felipe Pardo e o alemão Niklas Sieber
– “Andar de Bicicleta e Andar a Pé: uma nova perspectiva para as sociedades dependentes de carros”, com o holandês Ton Daggers, o inglês Rodney Tolley e o alemão Claus Köhnlein
– “O carro nas cidades”, com o colombiano Klaus Banse e o brasileiro Lincoln Paiva
– “A Copa do Mundo de 2014 – Organização de sucesso e benefícios de longa duração para as Cidades”, o alemão Patrick Daude e a brasileira Carla Pereira
– “A questão da Mobilidade Urbana nas Cidades Catarinenses”, com Giselle Xavier
– “Bicicleta – da recreação à cidadania”, com o canadense Guillermo Peñalosa
Serviço
O que: Fórum Internacional sobre Mobilidade Urbana
Quando: 26 e 27/4, das 9h às 18h
Onde: Teatro Governador Pedro Ivo Campos, na SC-401
Quanto: de R$ 592,50 a R$ 790
Como se inscrever: pelo site www.mobilidadenascidades.com.br, pelo e-mail inscricoes@shopconsult.com.br no local do evento
(Por Anita Martins, ND, 26/04/2011)
Vereador encontra palestrantes de Fórum sobre Mobilidade Urbana
O presidente da Frente Parlamentar pela Mobilidade Urbana da Câmara Municipal de Florianópolis, o vereador Ricardo Vieira (PCdoB) encontrou-se no Ipuf com dois dos principais palestrantes do Fórum Internacional sobre Mobilidade Urbana, que acontece nesta terça e quarta-feira, dias 26 e 27 de abril, no Teatro Pedro Ivo Campos, anexo ao Centro Adminitrativo do governo do Estado, na SC-401.
Guillermo “Gil” Peñalosa é diretor da ong canadense 8-80 Cities e responsável pelo projeto de revitalização de Bogotá, na Colômbia, e vem falar sobre a relação das pessoas com a cidade e a importância de repensar a estrutura urbana para que a população possa viver melhor. Autor de pesquisas sobre gestão do tráfego ambiental e do uso de bicicletas em sistemas de transporte, o inglês Rodney Tolley irá participar do painel “Andar de Bicicleta e Andar a Pé: uma nova perspectiva para as sociedades dependentes de carros”.
Os pesquisadores e o vereador trocaram informações sobre a cidade e sobre o encontro dos próximos dois dias que vai reunir lideranças e gestores públicos de todo o Brasíl, além de técnicos e mais de 600 associados da rede mundial Cities for Mobility. Para Ricardo Vieira, essa troca de experiências é fundamental para que as pessoas se conscientizem da importância de se criar alternativas à mobilidade urbana, como o projeto de transporte marítimo da Grande Florianópolis, ideia proposta pela Frente Parlamentar e encampada pelos prefeitos da região.
(Câmara Municipal de Florianópolis, 26/04/2011)
Seminário de ideias
Hoje e amanhã acontece, na Capital, o Fórum Intenacional sobre Mobilidade Urbana. O evento faz parte do convênio de Florianópolis com a Cities for Mobility, rede que envolve cidades de países como Espanha, Alemanha e Colômbia e pretende desenvolver projetos comuns para meios de transporte eficientes e sustentáveis.
O fórum quer promover a troca de experiências entre as regiões do mundo e prevê o debate de soluções para a acessibilidade de pedestres e ciclistas no espaço urbano. O encontro terá palestras com especialistas do mundo todo em mobilidade urbana no teatro Pedro Ivo Campos, na SC-401.
Aproveitando a presença desses pesquisadores, foi realizada ontem à tarde, no Instituto de Planejamento Urbano (Ipuf), na Capital, a segunda reunião da Pró-Bici, comissão que busca melhores condições de segurança e infraestrutura para a mobilidade urbana por bicicleta. Na reunião, foi discutido o projeto para a instalação de bicicletas públicas em Florianópolis.
(DC, 26/04/2011)

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0 Comentários

  1. Cesário disse:

    É fundamental interligar as ciclovias da Beira-mar de São José com a da Beira-mar de Florianópolis pela “via Expressa” (BR-282) e rua João Meirelles! Urgente! E continuar a ciclovia ao longo da via expressa até a BR-101!

  2. Cesário disse:

    Vejam se conseguem imaginar a ligação das ciclovias pelas ruas João Meirelles e Edison Lopes da Silva visualizando no Googlemaps: http://goo.gl/maps/uzzy

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