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Trânsito de Florianópolis tem que ser tratado como emergência

Da coluna de Carlos Damião (Notícias do Dia, 03/03/2011)
Caos da terça-feira (1°) na Capital é sinal de alerta: está na hora da criação de uma ‘defesa civil’ do trânsito
O pior dia da imobilidade urbana de Florianópolis até hoje foi registrado na terça-feira (1º), do meio da tarde até altas horas da noite. Uma sucessão de pequenos acidentes, somada à morosidade no conserto de um guard rail na SC-401, causou o maior engarrafamento da história da cidade. Trajetos curtos, de três ou quatro quilômetros, consumiram pelo menos uma hora da vida de milhares de pessoas. Muita gente perdeu a aula e compromissos de trabalho. Mas, onde estavam as autoridades de Florianópolis? Dando explicações intermináveis às emissoras de rádio e pedindo paciência aos motoristas. Ora, chegamos a um estágio em que o trânsito tem que ser administrado como situação de crise. Está mais do que na hora de o poder público criar uma espécie de “Defesa Civil do Trânsito”, reunindo gestores de vários órgãos, acionados a qualquer hora para monitorar e gerenciar soluções. Mas Florianópolis é uma cidade onde uma sinaleira pifa na sexta-feira à noite e só volta a funcionar na segunda-feira depois das 8h. Isso se o responsável pelo setor não tiver adquirido uma virose no fim de semana.
Ocupação
A piada de quarta-feira (2) no twitter era a respeito da preocupação do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) com o caos no trânsito da cidade. “O Ipuf deve estar cuidando da feijoada de sábado”, anotou um tuiteiro, a propósito de evento particular, que acontece anualmente no sábado de Carnaval, mas que tem amplo apoio das autoridades.
A palavra
O poder público está sempre um passo atrás das demandas. Não há engenharia de tráfego em Florianópolis, nem gestão do trânsito. Há inúmeras boas intenções e praticamente nenhum sentido prático para resolver os problemas. Só existe uma palavra para solucionar as demandas de Florianópolis: gestão. Que é antônima de omissão.
Instantaneidade
O uso das redes sociais para informações úteis está cada vez mais consagrado. Não apenas pela mídia e profissionais de comunicação, mas por qualquer pessoa que tenha acesso ao twitter. O caso do caos no trânsito, na terça-feira (1º) à noite, teve seu auge entre 19h e 20h, horário em que as emissoras de rádio, por exemplo, são obrigadas a veicular a superada A Voz do Brasil.
Retrato
Por que tudo deve piorar em Florianópolis nos próximos anos? Por falta de infraestrutura. Para se ter uma ideia, há 30 empreendimentos em construção apenas no balneário de Ingleses. Por baixo, pelo menos dois mil moradores novos. Estradas, ruas, avenidas? Esgoto? Chuveiros na praia? Nada. Tudo igual, para um crescimento desigual.
Saturação
Moradores de Ingleses voltam a protestar neste sábado (5), pela manhã, contra o pouco caso oficial em relação ao saneamento básico no bairro. Esgotos correm a céu aberto e ninguém toma atitude. A Secretaria de Saúde do município já enviou ofício à direção da Casan, alertando para a saturação do sistema, mas não houve resposta. O caso é grave demais.
Rumo ao caos
“Por que não há limites em Florianópolis? Porque aqui somos guiados por forças inescrupulosas e corruptoras, com a cumplicidade de alguns políticos, rumo ao caos e à barbárie urbana”. Marcos F. Ferreira, em mensagem enviada a este colunista, via e-mail.
Só promessas
Colaborador da coluna mandou sequência de imagens mostrando o estado de abandono da praça Getúlio Vargas, uma das mais importantes de Florianópolis. Até o parque infantil Dona Tilinha está totalmente abandonado, representando perigo para as crianças. Faz tempo que a prefeitura vem prometendo uma revitalização do local.
Alternativa
E por falar em mobilidade, uma das soluções para o trânsito rumo ao Sul da Ilha seria a reabertura ao tráfego de veículos da chamada Estrada da Base, fechada desde 1968. Ao que tudo indica, a via foi trancada para os civis, naquele ano, por causa da questão de “segurança nacional”, requerida pelo regime militar. Hoje, não faz nenhum sentido.
Obstáculo
Dizem que já houve tentativas para reabertura da Estrada da Base, como alternativa de trânsito para a região Sul. Mas a Aeronáutica vetou a possibilidade, porque a via passa em frente à casa do comandante. Ora, que se mude de lugar a casa do comandante!

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0 Comentários

  1. Terezinha Gonçalves disse:

    a alguns anos atras uma empresa gastou muito dinheiro para fazer embarcações e seria mais uma alternativa para melhorar a locomação, mas misteriosamente na troca de governo ,quando assumiu dona Angela simplesmente proibiu o assunto.e a empresa e o povo ….. no prejuizo.

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