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Da coluna de Carlos Damião (ND, 04/03/2011)
Confronto direto entre governistas e um segmento da oposição tem marcado as sessões da Câmara
Um clima de ameaças, veladas e explícitas, marcou a sessão da Câmara Municipal de Florianópolis na noite de quarta-feira (2). O alvo da bancada governista era o vereador Lino Peres (PT), que, ao contrário do titular de sua cadeira (Márcio Souza), não se alinha com o Executivo. Ficou claro, no plenário da Câmara da Capital, que se Lino Peres não se subordinar à bancada governista pode voltar logo para casa. O líder do governo, Norberto Stroisch, vociferou em alto e bom som, diversas vezes, para quem quisesse ouvir: “No presente momento Lino Peres somente ‘está’ vereador, por obra de Dário Berger ao chamar o vereador Márcio para a Secretaria de Turismo”. A confusão começou com uma proposta de Lino Peres para uma manifestação (moção) de repúdio ao prefeito Dário Berger, por conta das ingerências do Executivo no Legislativo. A proposta do parlamentar oposicionista foi rejeitada pelo plenário, mas, além de Lino, Ricardo Vieira (PCdoB) e João Amin (PP) fizeram questão de se pronunciar em favor da independência da Câmara.
Realidade
“Este debate na Câmara de Florianópolis tratou de liberdade de expressão, de independência dos poderes e do fisilogismo na realidade política brasileira”. Do twitter do empresário Ernesto São Thiago (@ernesto_floripa), que assistiu integralmente a tumultuada sessão da Câmara na noite de quarta-feira (2).
Viabilidade
Durante apreciação e votação da proposta de audiência pública para discutir a Portaria 24 do Serviço de Patrimônio da União, que permite a construção de marinas em Florianópolis, o vereador Cesar Faria (DEM) informou que o secretário de Estado do Turismo, Esporte e Cultura, Cesar Souza Jr., solicitou estudo sobre a viabilidade do transporte marítimo na Grande Florianópolis.
Vozes
De todas as vozes da região metropolitana a que menos se destaca, quanto ao transporte marítimo, é a do prefeito de Florianópolis, Dário Berger. Todos os prefeitos dos municípios litorâneos são favoráveis ao sistema, que reduzirá sobremaneira os problemas de mobilidade urbana.
Anel viário
A mobilidade urbana em toda a Grande Florianópolis é uma das prioridades da deputada estadual Angela Albino (PC do B). A deputada está mobilizando os colegas em defesa da construção do chamado Anel Viário da Grande Florianópolis, uma obra que já conta inclusive com projeto – inserido na duplicação da BR-101 -, mas nunca iniciado.
Gases
A Casan vai acabar com o fedor que exala, com frequência inadmissível, da estação de tratamento de esgotos localizada no Aterro da Baía Sul. Vai contratar uma empresa especializada em filtrar cheiros inconvenientes. É bom lembrar que a catinga do esgoto, nos dias de vento Sul, está chegando às partes mais distantes do Centro, como Avenidas Rio Branco e Beira-mar Norte.
Tranqueira
A Rua Prefeito Antenor de Mesquita, transversal da Esteves Júnior, vira uma tranqueira só, todos os dias, ao meio-dia, por conta da saída de alunos do Colégio Catarinense. Morador relata: “Todo santo dia é a mesma coisa. Buzinaço, carro em cima da calçada, fila tripla… tudo porque não há qualquer tipo de organização por parte dos motoristas – e dos pais, que parecem querer largar os filhos dentro da sala de aula! Registre-se a mais completa omissão da Guarda Municipal, que jamais aparece para organizar o trânsito e coibir os motoristas sem consciência”.
Sem futuro
Comentário da jornalista Michelle Araújo, sobre a questão da imobilidade urbana na Capital, enviado ao Facebook deste colunista: “Em Florianópolis não se planeja para o futuro. Tudo é remendado, remediado – principalmente quando o assunto é mobilidade. Um exemplo, o das pontes, basta”.
Dúvida
Finaliza a jornalista Michelle Araújo: “Quando a Colombo Salles foi inaugurada, já havia passado a hora de inaugurar a Pedro Ivo. E agora? O que vem primeiro: a restauração da Hercílio Luz ou uma nova opção de travessia ilha – continente?”
Sugestão
Não param de surgir sugestões da cidadania para solucionar a mobilidade urbana na Capital. Rejane Varela, da Acif (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis), observa: “Poderíamos ter ônibus próprios para UFSC, Assembleia, Celesc, Oi, Casan, prefeitura, Udesc. Seriam mais sete ônibus e 224 carros a menos nas ruas. Pensem nisso!”.
Exemplo
Há uns tempos, fiquei surpreso ao visitar uma empresa localizada no Norte da Ilha. Ao meio-dia, a profissional que me atendia pediu licença para sair porque tinha que pegar sua carona. É que lá funcionários se organizam no chamado transporte solidário: a cada semana, quatro deles ocupam um único carro, combinam os horários e reduzem a quantidade de automóveis nas ruas.

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