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31/03/2011
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31/03/2011

Projeto transforma a espaço na Lagoa da Conceição em ponto de referência da renda de bilro
O ceticismo da rendeira Dulce Luiza dos Santos, 62 anos, quanto ao futuro da renda de bilro destoa da animação com que a superintendente adjunta da Fundação Franklin Cascaes, Roseli Pereira, trata do assunto.
Dona Dulce mora ao lado do Casarão Bento Silvério, na Lagoa da Conceição, onde hoje será lançado o projeto que transforma o local num ponto de referência para a produção e comercialização da renda de bilro, símbolo cultural de Florianópolis.
A rendeira, que começou a tramar a linha, num jogo quase incompreensível com os bilros, aos 6 anos, diz que está cada vez mais difícil encontrar pessoas que se interessem em aprender. Para ela, a tradição, que passava de geração em geração, aos poucos está desaparecendo.
– Na minha família ninguém quis aprender. É que não é valorizado, por isso não há interesse em aprender. Você passa um mês fazendo uma toalha e na venda consegue no máximo R$ 150 – reclama.
O Casarão das Rendeiras é um alento para Dulce, porque propõe não apenas preservar a cultura, mas formar novas rendeiras capazes de tratar o artesanato como um negócio.
O depoimento da moradora da Lagoa confirma a importância do projeto. Existem cerca de 300 rendeiras na Capital. A maioria delas beira os 70 anos e não consegue repassar as técnicas da tradição.
Criar um projeto especial para este segmento cultural tornou-se um necessidade urgente. Tanto que Roseli Pereira, da FCFFC, decidiu implantá-lo antes mesmo que o casarão fosse restaurado. Para o início das oficinas o Casarão recebeu pintura externa, uma faxina e parte do mobiliário foi renovado.
Mais do que cumprir uma política de governo, Roseli tem um envolvimento emocional com o projeto porque aprendeu a fazer renda aos 10 anos com uma tia.
– A gente ia para escola de manhã e, à tarde, eu e minhas amigas fazíamos renda. As peças eram vendidas e com o dinheiro comprávamos os cortes de tecido para fazer vestidos novos para as festas de Santa Ana, São Pedro, do Divino – recorda.
(DC, 31/03/2011)

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