Excesso de chuva não prejudicou o turismo catarinense

Ocupações não diminuíram nos hotéis do Litoral em virtude dos fenômenos climáticos

Apesar da destruição que a chuva provocou nas cidades catarinenses, o turismo catarinense não foi afetado, afirmam as entidades do setor. O índice de ocupação deve cair em fevereiro, mas se manter constante até o Carnaval, em março, o que é considerado normal pela Federação dos Hotéis de Santa Catarina.

“Como foram poucos dias e a recuperação das ligações com os demais estados foi restabelecida com rapidez, não chegamos a sentir alteração”, aponta o presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santa Catarina, Estanislau Emílio Bresolin.

“Não tivemos nenhum cancelamento por causa da chuva”, conta Raquel de Angeleri, secretária executiva da gerência do Hotel Bristol Castelmar, confirmando a avaliação. De acordo com ela, como o período foi curto e não houve grandes prejuízos para a infra-estrutura de acesso à Santa Catarina, a movimentação se manteve.

Um exemplo de que nem o tempo mais encoberto atrapalhou as férias no Litoral Catarinense é a taxa de ocupação da rede hoteleira durante o final de ano. Os dados sobre a movimentação de turistas hospedados em Florianópolis mostram que o fluxo foi maior durante o período de Réveillon do que o Natal.

O levantamento sobre a ocupação dos meios de hospedagem na região de Florianópolis foi feito pelo sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Capital. Na última noite de 2010, a ocupação foi de 87%, contra 84,3% do ano anterior. Já a ocupação no período de Natal teve uma queda de 13%. Em 2010, a ocupação foi de 52,4%, frente a uma ocupação de 60,3% em 2009.

Na avaliação do presidente do sindicato, Tarcísio Schmitt, um dia a menos no feriadão de 2010 é a causa. Na pesquisa do sindicato, foram ouvidos 51 estabelecimentos, que representam 40% das unidades habitacionais (apartamentos) turísticas da Grande Florianópolis.

De acordo com o presidente da Santur, Valdir Walendowskya, a atividade turística representa 13% do PIB (Produto Interno Bruto) catarinense e gera aproximadamente 600 mil empregos.

(Danilo Duarte, ND, 27/01/2011)