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Tensão e correria nas ruas da Capital em protesto contra aumento da tarifa de ônibus

Apesar do número menor de manifestantes, clima de confronto foi maior

Quem olhava do alto dos prédios percebia apenas uma massa de gente controlada pelo cordão de isolamento da Polícia Militar. Mas o embate entre os homens de farda e os rostos jovens dos manifestantes era recheado de tensão, negociação e muita correrias.

O número de pessoas no protesto contra o aumento da tarifa de ônibus na Capital, ontem, foi menor do que o da semana passada: 1,5 mil pessoas contra 4 mil. Mas o estresse, bem maior. No saldo, seis manifestantes levados para a delegacia.

Os estudantes se concentraram na frente do Ticen, às 17h. Ninguém falou qual seria o itinerário da passeata até saírem, em disparada, pela Rua Jerônimo Coelho, às 18h44min. Os PMs correram para ultrapassar os manifestantes e cadenciar o protesto.

Eles ganharam a Rua Osmar Cunha e queriam descer até a Av. Beira-Mar. A polícia não deixou. Rolou empurra-empurra. Os jovens jogaram pedras, bolinhas de gude. A PM devolveu com cassetetes e explosões de bomba direcionadas ao chão.

O tenente-coronel Cardoso, o negociador, conversou com Geraldo Barbosa, professor universitário que falou em nome dos manifestantes. Eles negociaram três vezes, sem sucesso.

A delegada Ester Coelho, da Central de Polícia da Capital, pediu para a PM que não deixasse a passeata passar na frente da delegacia:

– Estou com 50 presos. Se eles se rebelarem, quem segura?

– Deixa comigo, que eu garanto – rebateu o tenente-coronel Newton Ramlow, que comandava os 500 policiais militares.

Depois de meia hora parados na Osmar Cunha, os estudantes cederam à orientação militar e pegaram a Av. Rio Branco à direita. Ao alcançar a Rua Visconde de Ouro Preto, os jovens aceleraram o passo, correram, e os PMs não conseguiram conter os estudantes. Houve um princípio de confusão e dois jovens foram presos.

Eles chegaram à Av. Paulo Fontes, sempre empurrando os PMs. No Ticen, o canil da PM, a cavalaria, o Bope e viaturas aguardavam por eles.

O último suspiro do protesto dos estudantes foi um círculo. De mãos dadas, os jovens formaram uma roda e começaram a dispersar.

(DC, 21/05/2010)

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