Florianópolis terá um instituto naval
15/03/2010
Gigantismo do Estaleiro e o EIA/Rima
15/03/2010

Da coluna Informe Econômico, por Estela Benetti (DC, 13/03/2010)

Antes de embarcar para o seu retorno a Santa Catarina, o governador Luiz Henrique vai se encontrar hoje (13/03), em Nova York, com o empresário Eike Batista, que tem projeto para implantar estaleiro em Biguaçu, na Grande Florianópolis.

O principal item da pauta será a questão ambiental. A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) informou ao Ministério Público Federal (MPF) que é sua atribuição licenciar o estaleiro e vai continuar o trabalho. O MPF havia sugerido transferir o licenciamento ao Ibama.

mm
Monitoramento de Mídia
A FloripAmanhã realiza um monitoramento de mídia para seleção e republicação de notícias relacionadas com o foco da Associação. No jornalismo esta atividade é chamada de "Clipping". As notícias veiculadas em nossa seção Clipping não necessariamente refletem a posição da FloripAmanhã e são de responsabilidade dos veículos e assessorias de imprensa citados como fonte. O objetivo da Associação é promover o debate e o conhecimento sobre temas como planejamento urbano, meio ambiente, economia criativa, entre outros.

0 Comentários

  1. Ofício nº 0178/2010

    O INSTITUTO SEA SHEPHERD BRASIL – ISSB, organização não-governamental
    sem fins lucrativos, inscrita no CNPJ sob o n° 03.326.123/0001-05, com
    sede na Av. Cavalhada, 2370, sala 419, CEP 91.740-000, na Cidade de
    Porto Alegre, RS;

    Em relação ao empreendimento “Estaleiro OSX”, o qual pretende-se a
    instalação no Município de Biguaçú, Estado de Santa Catarina, o
    INSTITUTO SEA SHEPHERD BRASIL – ISSB, de acordo com sua missão
    institucional e estatutária, vem trazer ao Ilmo. Sr. Presidente da
    Fatma, respeitosamente, as seguintes ponderações:

    Tendo em vista que (i) a Resolução 237 do Conselho Nacional do Meio
    Ambiente – Conama, pelo art. 4º, I, que determina que empreendimentos
    que envolvam considerável impacto ao mar territorial ou plataforma
    continental devem obrigatoriamente ser licenciados pelo Instituto
    Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
    Ibama, autarquia federal; (ii) que, conforme o art. 225, § 4º, da
    Constituição Federal Brasileira, a zona costeira trata-se de
    patrimônio nacional, portanto, da União e que deve ter como
    licenciador do empreendimento em tela o Ibama, órgão bem mais
    aparelhado, ao invés da Fatma, de duvidosa capacidade para licenciar
    empreendimento de tamanha magnitude e impacto ambiental em região
    extremamente rica em biodiversidade marinha e costeira; (iii) e, por
    fim, em consonância também com a determinação do Ministério Público
    Federal de Santa Catarina, em razão do local cogitado para a
    instalação do empreendimento se tratar de importante rota de cetáceos
    (golfinhos e baleias franca), animais marinhos protegidos por Lei
    Federal nº 7.643/87, sendo assim vedado todo e qualquer tipo de
    molestamento a cetáceos – o que dirá a alteração de sua rota natural
    traçada há séculos – vem o INSTITUTO SEA SHEPHERD BRASIL – ISSB, por
    seu representante legal firmatário, manifestar o total
    descontentamento e desaprovação no sentido de ver empreendimento que
    envolve tamanho impacto ambiental a diversos ecossistemas e à
    coletividade ser licenciado pelo órgão ambiental estadual, a Fatma,
    notoriamente menos aparelhada para acompanhar um empreendimento de
    tamanho vulto e danos futuros irreversíveis, com base também no que
    estipula a Constituição Federal e normas reguladoras amplamente
    aplicadas e acima citadas, sem referir o princípio da precaução.

    Diante do exposto, o INSTITUTO SEA SHEPHERD BRASIL –ISSB reitera o
    total descontentamento com o trâmite atual do licenciamento,
    requerendo desde já seja todo o processo de licenciamento encaminhado,
    acompanhado e mantido pelo órgão efetivamente competente, o Instituto
    Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
    Ibama, sob pena de colocar-se em risco os ecossistemas marinhos,
    costeiros e a coletividade.

    Nestes termos, protocolamos o presente ofício permanecendo desde já no
    aguardo de resposta desta autarquia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *