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Polícia registrou média mensal de 199,3 ocorrências em 2009 e só neste janeiro já são 398 casos

Sistemas de alarme, circuito interno de TV, vigilância 24 horas. A cada dia mais pessoas buscam equipar suas casas, motivadas pelo sentimento de desamparo com relação à segurança. Segundo a Polícia Civil, foram 2.392 registros de furtos em residências em Florianópolis no ano passado. Média de 199,3 ocorrências por mês. Em janeiro deste ano, o número chega a 398.

Nem para entrar na Vila Militar do Exército da Capital os criminosos se intimidaram. Entre dezembro e o início deste mês, os bandidos ignoraram o sistema de alarmes e arrombaram três vezes a casa de um oficial que está em uma missão na África. Na primeira tentativa, não levaram nada; na segunda, roubaram uma pia de inox que fica na parte externa da residência e, na última, levaram uma porta de alumínio.

– Quando o alarme é acionado, os ladrões se assustam e têm pouco tempo para agir porque a empresa de segurança vai até a casa. Eles devem estar roubando para vender e depois comprar drogas. Agora estamos tentando aumentar a segurança colocando nos muros um tipo de arame farpado em espiral – conta o sargento Regis Pereira, que ajuda a cuidar da casa enquanto o oficial está fora.

O comandante da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel Eliésio Rodrigues, afirma que esse é o perfil do arrombador: consumidor de drogas que rouba qualquer coisa para alimentar o vício.

– O critério dos bandidos é a facilidade para agir, principalmente quando o morador não está – diz o comandante.

Nas comunidades, o clima de insatisfação é crescente. Para Carlos Thadeu Lima Pires, vice-presidente da Associação Metropolitana de Conselhos de Segurança da Grande Florianópolis (Amecom), a sensação é de que o governo pouco a pouco quer passar a responsabilidade da segurança para a população.

– Esse é um assunto que a gente fala, fala e não vê retorno. Os Conselhos Comunitários (Consegs) participaram de várias reuniões com o secretário da Segurança e com o governador, pedindo aumento de efetivo para as polícias, mas não vemos resultado – reclama Pires.

– Outra sugestão é recolocar na rua parte dos policiais que estão no serviço administrativo ou nos órgãos do governo como a Assembleia Legislativa – acrescenta.

Em sete anos, 5.250 novos servidores na segurança

Segundo a assessoria de comunicação da PM, uma das principais ações para diminuir os furtos é inibir o consumo e a venda de drogas por meio de barreiras policiais.

Sobre os investimentos em segurança, a assessoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) afirma que de 2003 a 2009 foram contratados 5.250 profissionais entre policiais civis, militares, bombeiros, agentes prisionais e peritos.

No Pântano do Sul, para tentar reduzir as ocorrências, a comunidade implantou o projeto Armação Unida, colocando placas nos postes das ruas com os telefones de emergência das polícias. Outra ação é a Vigilância Comunitária, em que um vizinho ajuda a cuidar da casa do outro.

Para comprar ou alugar um imóvel, segurança virou critério determinante. De acordo com Fernando Willrich, presidente do Sindicato de Habitação de Florianópolis (Secovi), cada vez mais as pessoas querem saber se o local onde vão morar tem serviços de segurança privada.

– Há pelo menos três anos percebemos essa tendência, principalmente com a vinda de pessoas de cidades maiores para morar aqui, e entre o público das classes A, B e C.

Para o presidente do Sindicato dos Condomínios da Grande Florianópolis (Sindiconde), Alfred Heillmann, as pessoas começam a se preocupar com segurança a partir do momento em que o problema acontece com elas ou com alguém da família. Esse é o grande trunfo dos bandidos, diz ele, porque só então as pessoas passam a tomar mais cuidado.

(DC, 01/02/2010)

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