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A Ilha do Réveillon

Artigo escrito por Laudelino José Sardá – Jornalismo e professor (DC, 25/01/2010)

As chuvas de janeiro alegram as empresas de limpeza de fossas e sumidouros. Da mesma forma, os períodos de seca deixam alvissareiros os proprietários de veículos de abastecimento de água. Esta é a Ilha de Santa Catarina, que o governador Luiz Henrique e o alcaide Dário Berger cismam em afirmar que é a maior referência em turismo da América do Sul. Entre 20 de dezembro e 4 de janeiro, a cidade foi tomada por turistas festeiros, inclusive o filho de Nicolas Sarcozy presidente da França – e o presunçoso emergente paulista que estacionou três Ferrari em frente a uma mansão alugada em Jurerê. A festa durou 14 dias. Depois, o costumeiro choro de hoteleiros, donos de restaurantes e afins, que não admitem conviver, agora, com apenas 20 dias de negócios turísticos por ano. E eles têm razão. Mas os dirigentes preferem a visão megalômana. Contrataram Domenico Demasi para um projeto que não deu em nada. Da mesma forma, o prefeito entusiasmou-se com a ideia do piloto Felipe Massa de ganhar dinheiro com um segundo kartódromo na Ilha.

Vivemos na Ilha do absurdo. Vejam Porto Alegre restaurando seus patrimônios e, da mesma forma, Curitiba. Ambas as cidades criam alternativas culturais para a população e os visitantes, enquanto aqui tudo gira em torno de 45 praias poluídas, sem infraestrutura e, sobretudo, engarrafadas e em clima de neurose urbana. E tudo parece ótimo. Lá está o governador na Europa articulando novas parcerias, como se a Ilha precisasse copiar modelos. Não! Precisamos desencadear o processo de crescimento simplificado, sem ostentação, resolvendo os graves problemas de infraestrutura e estimular o desenvolvimento social sadio. Enquanto houver prefeito e vereadores olhando apenas para suas estratégias eleitorais, com certeza, aceleramos a deterioração desta cidade, que só vive de aparências (falsas).

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