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Florianópolis enfrenta a questão: será que vale a pena crescer?

Região Norte da Ilha de Santa Catarina é a que mais tem crescido.

O crescimento acelerado de Florianópolis voltou à tona após a rejeição pela Câmara de Vereadores, na quinta-feira, do projeto encaminhado em 2008 pelo prefeito Dário Berger, que vetaria as construções na Bacia do Itacorubi. A região sofre com a especulação imobiliária, com congestionamentos e com a falta de saneamento básico.

A rejeição lembrou a reclamação dos moradores do bairro Trindade, em novembro, que criticaram a mudança de zoneamento na região. A alteração permitirá a retirada do complexo prisional de Florianópolis do local. Mas o espaço também poderá ser usado para construção de prédios comerciais e industriais.

A reclamação ocorreu na mesma época em que os maricultores protestaram contra o prefeito Dário Berger. Eles reclamavam da instalação de uma estação de tratamento, que despejará efluentes (tratados) nas águas do Rio Tavares, no Sul da Ilha.

Tudo isso faz os moradores se perguntarem: afinal, até onde a cidade pode crescer? Como evitar a especulação imobiliária, os problemas de trânsito e de saneamento básico, a falta de espaço para áreas de lazer?

Situação por regiões

Norte

Região que mais tem crescido na Ilha de Santa Catarina. Há congestionamentos no trânsito, principalmente na SC-401, cuja duplicação ainda não foi concluída.

A maior parte dos investimentos imobiliários que Florianópolis recebeu nas últimas décadas foi direcionada para esta região. Muitos especialistas dizem que a região já está saturada.

Sul

É tida pela maioria dos especialistas como a melhor região para crescer. A falta de uma malha viária adequada é um dos empecilhos. Os congestionamentos no Trevo da Seta costumam irritar os moradores.

As características topográficas, com morros altos chegando bem próximo à orla marítima, limitam as possibilidades de ocupação.

Leste

A Lagoa da Conceição, as dunas e áreas de preservação de Mata Atlântica nas encostas dos morros dificultam tanto a expansão imobiliária como a criação de alternativas viárias.

A Lagoa, com mais de 30 mil moradores, enfrenta problemas, como a poluição por esgoto doméstico e ocupação de encostas.

Bacia do Itacorubi

Formada pelos bairros Trindade, Itacorubi, Parque São Jorge, Córrego Grande e Jardim Itália. É ali que havia o projeto de moratória para novas construções, que sofre com a falta de saneamento básico e com o abastecimento de água em certas épocas.

Maciço do Morro da Cruz

A região foi ocupada pela população de baixa renda, mas também pela classe média alta — o que empurrou os pobres mais para cima. Costuma preocupar em momentos de fortes chuvas por causa dos deslizamentos.

Por ter Áreas de Preservação Permanente (APP), também não é indicada como um lugar para receber grandes investimentos.

(DC, 06/12/2009)

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