28 anos depois, local não é o melhor

Um show com Fafá de Belém marcou a inauguração do Terminal Rita Maria, em 7 de setembro de 1981. Segundo o administrador do terminal, Luiz Fernando Costa, o local escolhido era estratégico, perto da BR-101, evitando o tráfego mais intenso do Centro.
O terminal anterior ficava na Avenida Hercílio Luz. Uma rodoviária no recém-feito aterro, na cabeceira da Ponte Colombo Salles, era a saída para evitar que os ônibus gerassem incômodo nas áreas mais movimentadas.
A localização da segunda grande estrutura vista por quem chega a Florianópolis, depois da Ponte Hercílio Luz, atualmente é objeto de contestação. Na avaliação de Sérgio da Costa Ramos – colunista do DC e profundo conhecedor da história da Capital – e da diretora de planejamento do Instituto de Planejamento e Urbanismo de Florianópolis, Cristina Piazza, os ônibus complicam ainda mais o trânsito.
Faltam opções de transporte
Segundo Ramos, antigamente, os visitantes acessavam o Centro a pé. O funcionamento do terminal era adequado na época da inauguração, segundo Cristina, pelo tamanho da cidade e por não haver problemas de mobilidade.
Ramos pondera que hoje, com o aumento do número de carros, cidades estão situando os terminais nas periferias. O acesso ao Centro é feito por outras formas de transporte coletivo. Cristina ressalta que o ideal seria que o terminal fosse fora da Ilha, perto da BR-101. Também destaca que o planejamento para um novo terminal teria de ser regional, integrando várias cidades da Grande Florianópolis:
– O terminal tem uma arquitetura super bacana, mas já cumpriu seu papel naquele local.
Ramos concorda que a rodoviária precisaria ser retirada dali. O terminal só deve ter uma sobrevida onde está porque ainda faltam outras opções de transporte, como um metrô, levando os passageiros para outras localidades, como o centro da cidade.
(DC, 20/10/2009)