Metrô de superfície no papel

Lançado ontem o edital de licitação para a confecção do projeto
Agora é escolher os engenheiros. O tão cogitado metrô de superfície da Grande Florianópolis tem assegurados R$ 7,4 milhões para ser colocado no papel. Os recursos serão apenas para o projeto.
A empresa vencedora deve ser conhecida em 45 dias. O prazo para a conclusão do projeto é um ano. A execução da obra depende da finalização da restauração da Ponte Hercílio Luz, cuja promessa de entrega até o final de 2010 foi reforçada ontem pelo governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB).
À noite, ele assinou o edital da concorrência pública a para contratação, nos próximos meses, da empresa de consultoria que vai projetar o metrô e dar a sua viabilidade técnica, econômica e ambiental. A solenidade foi em reunião da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif).
Valor da obra estimado em R$ 300 milhões
No caminho, o governador sentiu o drama de quem enfrenta o congestionamento diariamente em Florianópolis e se desculpou pelo atraso.
O projeto do metrô, inicialmente, prevê linha de 14 quilômetros entre o Bairro Barreiros, em São José e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na Capital. Estima-se que a obra toda seja viabilizada com R$ 300 milhões.
Luiz Henrique afirmou já ter sido procurado por 12 empresas interessadas em tocar a empreitada. Uma delas seria da Malásia. Para ele, o metrô cruzando a Ponte Hercílio Luz será um “charme” que despertará interesse no mundo inteiro.
– É um projeto inadiável que vai beneficiar toda a Grande Florianópolis em 10 anos – prometeu Luiz Henrique, sugerindo ao prefeito Dário Berger (PMDB) que, antes, determine um rodízio de veículos em Florianópolis para diminuir os engarrafamentos do trânsito.
Berger disse aos empresários que o metrô chegou a ser visto como chacota e utopia pela imprensa, admitiu que também foi cético sobre a sua concretização, mas que agora o vê como realidade. O secretário de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Valter Gallina, disse que o até então “famoso” metrô passará a ser a grande solução para amenizar o fluxo de carros da região.
As autoridades afirmaram que escolheram a data de lançamento, ontem, em razão do Dia Mundial Sem Carro, mas a iniciativa não foi vista na prática, e o movimento de veículos ficou praticamente inalterado.
A primeira etapa
– Custará R$ 7,4 milhões
– A linha inicial prevista é de 14 quilômetros, entre o Bairro Barreiros, em São José, e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na Capital
– Inclui a viabilidade técnica, econômica e ambiental da obra, que deverá receber cerca de R$ 300 milhões em investimentos para ser realizada
– A ideia é que o projeto desenvolva um sistema de transporte coletivo de passageiros em veículo leve, movido por energia não poluente e guiado pela via (trajeto definido), sem ônibus ou trolebus
Fonte: Secretaria de Estado da Comunicação DIVULGAÇÃO
(DC, 23/09/2009)