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Mostra traz para UFSC o melhor do cinema ambiental

A UFSC sedia esta semana (24, 25 e 26/8) a 2ª Mostra de Cinema Ambiental ´FICA na UFSC`, resultado da 11ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), realizada no mês de junho, em Goiás. O evento na universidade apresentará as obras premiadas, terá entrada gratuita e filmes legendados.

A mostra será realizada nos auditórios do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) e do Centro de Ciências da Educação (CED), com apoio da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), do Centro das Ciências da Educação (CED) e da Agência Goiânia de Cultura Pedro Ludovico Teixeira.

Idealizado por Luiz Felipe Gabriel, Jaime Sautchuk, Adnair França e Luís Gonzaga, o FICA surgiu em 1999, sob coordenação geral do cineasta João Batista de Andrade. Foi idealizado com objetivos ambiciosos, como valorizar o cinema, discutir amplamente a questão ambiental, conquistar o título de Patrimônio da Humanidade para a Cidade de Goiás, movimentar o setor cultural, gerar riquezas (como cultura e informação), empregos e fomentar o turismo.

De acordo com os organizadores, o festival busca se fortalecer como palco das discussões da temática ambiental dentro de um conceito amplo, que combine desenvolvimento com a melhor qualidade de vida no planeta. Nesse aspecto, abre espaço para as discussões do desenvolvimento sustentável não apenas na tela, mas com oficinas, mesas-redondas, palestras e outras atividades que levam a uma ampla abordagem das questões do meio ambiente. Por essa linha de ação busca ainda reforçar a consciência para a melhor relação homem/natureza.

A organização da II Mostra é do professor Leandro Belinaso Guimarães e do Grupo Tecendo (Estudos Culturais e Educação Ambiental), com promoção do 11° Festival Internacional de Cinema Ambiental e do mesmo grupo.

Mais informações com Leandro Guimarães, através do telefone (48) 8833-3447 ou do e-mail lebelinaso@uol.com.br e no site www.grupotecendo.com.br.

Programação:

24 de agosto (segunda-feira) – Auditório do CCE:
14h: – Exibição do filme Onde sonham as formigas verdes? (de Werner Herzog), seguida de debate com Leandro Belinaso Guimarães (UFSC), Ana Maria Preve (Udesc) e Fernando Noal (UFSC).

25 de agosto (terça-feira) – Auditório do CCE:
14h – Abertura da mostra com exibição de audiovisuais produzidos por alunos da Prática de Ensino de Biologia da UFSC, seguida de debate.

16h – C’Est Pas Grave (Não é Nada) – Ficção, 10min, 2008, direção: Yacine Sersar – França.
– Corumbiara – Documentário, 118 min, 2009, direção: Vincent Carelli – Pernambuco/Brasil.

18h30min – Resignificar – Documentário, 16min 35seg, 2009, direção: Sara Vitória – Goiás, Brasil
– A Sea Change (Mudança no Mar) – Documentário, 86min, 2009, direção: Barbara Ettinger – Estados Unidos.

26 de agosto (quarta-feira) – Auditório do CED:
14h – Arrakis – Documentário, 23min, 2008, direção: Andrea Di Nardo – Itália
– A Árvore da Música – Documentário, 80min, 2009, direção: Otávio Juliano – São Paulo/Brasil.

16h – Mar de Dentro – Documentário, 14min, 2008, direção: Paschoal Samora – São Paulo/Brasil.
– A Próxima Mordida – Documentário, 33min 30seg, 2009, direção: Ângelo Lima – Goiás/Brasil.
– Pa Verdens Bund (Por Trás do Mundo) -. Programa televisivo (partes 1 e 2) – 2008, direção: Jakob Gottschau – Dinamarca

18h30min – Bode Rei, Cabra Rainha – Documentário, 48min, 2008, direção: Helena Tassara – São Paulo, Brasil
– Dying in Abundance (Morrendo em Abundância) – Documentário, 51min, 2008, direção: Yorgos Avgeropoulos – Grécia

Premiados do 11° FICA:

Troféu Jesco Von Putkamer – R$ 25 mil – Melhor média-metragem.
Arrakis – Arrakis é um documentário-tributo poético a lugares e vítimas do progresso industrial na Itália. Cenas de fábricas fechadas proporcionam o plano de fundo para uma voz mudada pela doença. É a nova voz de Silvestro Capelli. Silvestro Capelli, trabalhador formado na Breda Foundry, Sexto São Giovanni, foi submetido a uma laringectomia devido a um tumor causado pela exposição ao amianto. Capelli diz: “Todos sabiam, mas ninguém falou nada. Os sindicatos sabiam, os diretores sabiam, o comitê de saúde local sabia: todos, menos os trabalhadores. Eles nos condenaram à morte e à invalidez…”.

Menção Honrosa (sem premiação em dinheiro) – Melhor média-metragem.
Dying in Abundance (Morrendo em Abundância) – Um punhado de companhias multinacionais arranjou uma forma de controlar o “coração” dos alimentos que nós colocamos na mesa todos os dias: as próprias sementes e, portanto, a produção agrícola global. Corretoras do mundo desenvolvido fazem especulações em negócios relacionados a alimentos, aumentando e abaixando os preços, jogando com o direito fundamental de milhões de pessoas de terem acesso à comida. Enquanto isso, quase um bilhão de pessoas no planeta estão subnutridas e 25.000 morrem de fome a cada dia. Há a possibilidade de a Terra não ser mais capaz de alimentar sua população? A evidência prova o contrário! A crise dos alimentos que ficará na história ocorre num momento em que o planeta está produzindo mais comida do que nunca. “Morrendo em Abundância” revela o Absurdo ante os nossos olhos, as interconexões de um sistema pelo qual, enquanto há comida suficiente, ela é tão cara que os pobres não podem pagar.

Troféu João Bennio – R$ 40 mil – Segunda melhor produção goiana.
A Próxima Mordida – Desde 1992, com a inauguração do Porto de Suape em Recife, os tubarões intensificaram os ataques contras os banhistas e surfistas. Os depoimentos dos moradores, pescadores, surfistas e ambientalistas narram como a degradação do meio ambiente contribuiu para o crescente número de vítimas de ataque de tubarões na Região Metropolitana de Recife, Pernambuco.

Menção Honrosa (sem premiação em dinheiro) – Melhor média-metragem.
Bode Rei, Cabra Rainha – No Nordeste semi-árido, na região da Caatinga, no sertão, enfim, é costume dizer-se que não é o homem quem cria o bode, mas o bode quem cria o homem. Diz-se também que do bode se aproveita até o berro. Assim é de fato. E é por isso que, neste documentário, os personagens principais são esses animais: o bode e a cabra. Muitas vezes tratados pelo sertanejo como seres quase humanos, companheiros de infortúnios e jornadas, eles carregam muita história. Isso todo mundo sabe.

Troféu Acari Passos – R$ 25 mil – Melhor curta-metragem.
Mar de Dentro – Velhos pescadores recorrem à memória afetiva para contar suas histórias de aventuras e amores. Em um cenário onde o tempo parece ter parado para ouvi-los, eles se recordam da época em que viviam no mar e do mar. Em meio ao cotidiano, os depoimentos das personagens vão se misturando no decorrer do filme para formar um só discurso. Como se as histórias pudessem criar um único fio da memória, tão forte e presente como o próprio mar na vida de cada um deles.

Troféu José Petrillo – R$ 40 mil – Primeira melhor produção goiana.
Resignificar – Vivemos num tempo de profundas contradições. De um lado, há sinais de que parcela da humanidade começa a se despertar para a finitude dos recursos naturais. Do outro, as facilidades proporcionadas pelo avanço tecnológico e os interesses de mercado desencadeiam um ciclo de consumo vicioso e altamente oneroso. O resultado, dentre outros, é a geração de um tipo de lixo que muitos, se quer, se deram conta de suas conseqüências para o meio ambiente: o tecnológico. Ninguém parece escapar da responsabilidade sobre sua geração, nem mesmo os produtores de audiovisuais que se dedicam a discutir.

Menção Honrosa (Sem premiação em dinheiro) – Melhor curta-metragem.
C’Est Pas Grave (Não é Nada) – Um homem comum, uma mulher envolvida com a ecologia visitam a sala do extinto Museu Nacional de História Natural de Paris…

Troféu Imprensa (Sem premiação em dinheiro) – Melhor filme, eleito pelos profissionais da imprensa que participam da cobertura do XI FICA.
A Árvore da Música – O IBAMA considera o pau-brasil como espécie da flora em perigo de extinção. A música de Beethoven, Brahms, Schubert e seus herdeiros musicais não pode ser executada sem o arco de violino moderno, mas os arcos de alta qualidade só podem ser feitos a partir da madeira do pau-brasil, encontrado apenas nas matas brasileiras. O paralelo entre a extinção do pau-brasil e seu efeito na música é a espinha dorsal do documentário. O futuro da música depende de uma árvore à beira da extinção.

Troféu Cora Coralina – R$ 50 mil – Grande prêmio do XI FICA, conferido ao maior destaque do Festival.
Corumbiara – Em 1985, o indigenista Marcelo Santos, denuncia um massacre de índios na Gleba Corumbiara (RO), e Vincent Carelli filma o que resta das evidências. Bárbaro demais, o caso passa por fantasia, e cai no esquecimento. Marcelo e sua equipe levam anos para encontrar os sobreviventes. Duas décadas depois, “Corumbiara” revela essa busca e a versão dos índios.

Troféu Carmo Bernardes – R$ 35 mil – Melhor longa-metragem.
A Sea Change (Mudança no Mar) – Imagine um mundo sem peixes. As mudanças climáticas afetam mais do que o ar que respiramos; o aumento de dióxido de carbono, o valor oculto da vida moderna, está se dissolvendo nos oceanos. Cientistas em todo o mundo estão, agora, medindo e documentando o aumento da acidez oceânica, um estado que continuará por milhões de anos. A maior parte das peixarias experimentará um ascendente colapso. Essa questão minimamente reportada é vivenciada, em particular, por Sven Huseby. Criado em comunidades pesqueiras desde a Noruega ao Alasca a Seattle, o único senso de identidade de Sven é estritamente vinculado à vida e ao conhecimento das marés.

Troféu Carmo Bernardes – R$ 25 mil – Melhor série televisiva.
Pa Verdens Bund (Por Trás do Mundo) – Neste milênio, países pelo mundo prometeram reduzir o número de pessoas que vivem na pobreza extrema em 50%, antes de 2015. Em algumas partes do mundo, a implementação do então chamado “objetivo do milênio” está encaminhada – entretanto, muitos países africanos tem ficado para trás. A intenção desta série é dar uma idéia sobre a luta árdua que muitas pessoas na África precisam passar por até atingir uma meta muito importante: Sobreviver. Nessa série, nós reunimos mendigos e camponeses afetados pela mudança climática e pela seca – e o garoto Zenabu, que luta pelo seu direito de frequentar a escola. (Capítulo 1: Os Mendigos em Addis Ababa – 28min 30seg / Capítulo 2: Quando a Chuva Cai – 28min 30seg).

(Natália Izidoro, Agecom, 24/08/2009)

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