Disputa acirrada por uma vaga no mercado

Mais de 22 mil novos profissionais formam-se, anualmente, nas faculdades de Turismo, Hotelaria e Gastronomia do país. A maioria deles, entretanto, acaba migrando para outras áreas, por falta de oportunidade no mercado de trabalho.

O maior número de empregos gerados no setor destina-se a ocupações de faxineira, recepcionista, camareira, cozinheira, garçom, barman e auxiliar de cozinha. Ao mesmo tempo, empresários do setor queixam-se da escassez de mão-de-obra qualificada para os cargos mais elevados.

Moacyr Roberto Tesch Auersvald, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh), explica que um hotel médio tem cinco a seis gerentes e cerca de 200 funcionários nos cargos operacionais.

Para suprir a necessidade nessas áreas, o professor Mário Carlos Beni, da Faculdade de Turismo da Universidade de São Paulo (USP), afirma que a saída seria abrir mais cursos técnicos para qualificar a mão-de-obra operacional ao invés de existirem tantas escolas de formação de nível superior. Atualmente, o país conta com 570 instituições que oferecem graduação nesse campo.

Em SC, os cursos técnicos mais procurados no setor de turismo, hotelaria e gastronomia são promovidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet).

Oferta de curso técnico e na área de gestão

O Senac oferece cursos desde a formação inicial e continuada de trabalhadores até a educação superior, relacionados ao agenciamento de viagens e operações turísticas, guiamento de turistas, eventos, lazer e entretenimento, hospedagem e alimentos e bebidas.

No Senai, os destaques são os cursos de aperfeiçoamento (é necessário ter o ensino médio) nas áreas de Gestão de Marketing na Hotelaria e Gestão de Alimentos e Bebidas na Hotelaria. No Cefet, o foco é a formação inicial e continuada, e nível médio (cursos técnicos), na área de turismo e hospitalidade.

(DC, 12/05/2009)