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Cidades Digitais: Área da Educação conta com grande diversidade de software

Muitas prefeituras, quando pensam em um projeto de Cidade Digital, atentam apenas para a aquisição de equipamentos. Porém, nenhum computador funciona sem softwares, entre os quais aqueles que permitem a execução de uma determinada tarefa, denominados aplicativos. Na área de educação não é diferente − de pouco adianta uma escola com computador se o uso do PC não for direcionado para o aprendizado. Há vários softwares voltados para isto. Eles abrangem desde ensino, treinamento e interação entre professores e alunos da rede pública até a gestão das unidades educacionais.
“As grandes vantagens dessas soluções, do ponto de vista pedagógico, são a atração que provocam nos alunos e as facilidades que trazem para os mestres”, afirma José Valber Cavalcante, engenheiro da Educandus, empresa baiana especializada no assunto. “Os programas podem ter exemplos animados de teorias e equações e ainda oferecer material de apoio para quem ensina e para quem aprende”, complementa.
Se a perspectiva for de quem administra a rede de educação, o benefício é a velocidade para reunir informações sobre todos os aspectos cotidianos. “O gestor adquire noção de tudo o que acontece nas escolas em tempo praticamente real. Assim, pode tomar decisões com mais rapidez e planejar melhor”, garante Elizabeth Vansan, assessora de marketing da Informática de Municípios Associados (IMA), empresa pública de Campinas (SP) que desenvolveu um software na área, o Integre.
A dica fundamental na hora de adquirir um software é estudar todas suas funcionalidades para que eles sejam utilizados com todo o seu potencial. Especialistas lembram que é preciso testar os aplicativos para garantir sua adequação ao processo pedagógico da escola e às possibilidades de professores e gestores, e também para dimensionar os custos. Outro ponto que demanda atenção é a conexão à internet. Alguns softwares precisam de acesso à rede mundial de computadores em banda larga.
Um item que não pode ser esquecido é que programas são apenas ferramentas. O lado humano precisa estar sempre em mente. Logo, a secretaria de educação tem que saber se professores e gestores estão capacitados a operar esses programas e instruir os alunos a utilizá-los.
De posse dessas informações, o secretário de educação, o prefeito e o responsável pela área de tecnologia da informação podem debater as melhores opções para cada caso. Possibilidades não faltam. O Guia das Cidades Digitais lista a seguir alguns programas, separados por suas respectivas funções. Confira abaixo.
Ambientes educacionais
Os ambiente educacionais são portais na internet que dão acesso a vários tipos de informação para professores, alunos e gestores. Neles, as pessoas podem trocar conteúdo, baixar arquivos relacionados ao cotidiano das aulas, consultar ferramentas didáticas como dicionários, apresentações de slides e imagens.
Os ambientes funcionam com base em ferramentas, ou seja, programas que permitem essas funcionalidades. Silvia Wygand, gerente de negócios da Metasys, empresa que comercializa um desses programas, lembra, porém, que normalmente esses aplicativos não podem ser adquiridos como um programa qualquer. “Não é um software de prateleira, tipo uma caixa com o Windows que se compra em loja. São soluções para projetos específicos. Vai depender das necessidades e objetivos do projeto.”
Ou seja, são frutos de discussão de projetos e possibilidades. Confira abaixo um exemplo prático e duas ferramentas que podem ser utilizadas.
Dia a dia na Educação
Um exemplo de portal é o Dia a Dia na Educação, desenvolvido pela Celepar, empresa de informática do governo do Paraná. O “Dia a Dia” é uma ferramenta utilizada no treinamento de professores, gestores e orientadores educacionais, mas aberto a alunos e à comunidade, que podem se informar mais sobre a escola, a política de educação e baixar conteúdos relacionados ao ensino. Qualquer pessoa pode participar do espaço, basta cadastrar-se.
Para os professores, o portal disponibiliza diversos tipos de informação sobre educação. Entre eles, notícias sobre a área e arquivos que podem ajudar no preparo das aulas, como manuais e vídeos.
Contudo, o que chama mais atenção é o “ambiente pedagógico colaborativo”, um fórum [espaço de discussão onde as mensagens ficam armazenadas e as conversas têm um moderador] no qual os profissionais de ensino podem trocar e discutir conteúdos e materiais didáticos. Também construído em software livre (em linguagem PHP e sistema de banco de dados PostgreSQL), o espaço virtual permite aos professores de Ensino Fundamental e Médio trocarem apostilas e complementar o trabalho uns dos outros à distância.
O portal oferece também um grande acervo de vídeos, músicas e imagens para serem utilizados em sala de aula, além de aplicativos úteis ao cotidiano do profissional, como dicionários, enciclopédias e tradutores.
Aos alunos, o site oferece complementos ao que foi exposto em sala e possibilidades de entretenimento. Há ainda espaço para a comunidade, em que há ligações com os serviços oferecidos pelo governo paranaense via internet.
O Dia a Dia na Educação é um bom exemplo de ambiente virtual. Ele, porém, demanda o uso de ferramentas. Algumas delas estão destacadas a seguir:
Ferramentas
. Teleduc
Uma possibilidade para quem deseja utilizar softwares educacionais, principalmente no ensino à distância, é o Teleduc, ferramenta desenvolvida pelo Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele pode ser instalado em qualquer servidor Linux e utiliza linguagem PHP e banco de dados MySQL.
Da mesma forma que o Dia a Dia na Educação, o Teleduc oferece espaços para discussão, disponibilização de conteúdos e construção de conhecimento colaborativo. Gratuito, ele já é utilizado por mais de quatro mil instituições de ensino.
. Pacote Metasys
Outra ferramenta é o pacote da Metasys. Ele possibilita ao professor, caso esteja dando aula em um laboratório de informática ou outro espaço onde os alunos utilizem o computador para acompanhar as atividades, controlar o conteúdo acessado. O programa possibilita limitar acesso à internet e acompanhar em tempo real as atividades feitas pelos alunos. “Assim, o professor pode saber se o estudante está tendo dificuldade na tarefa e onde”, explica Silvia Wygand, gerente de negócios da Metasys.
O pacote, que é utilizado na rede de ensino de Minas Gerais, também permite ao aluno realizar o dever de casa via internet e trocar idéias — caso permitido pelo professor — com seus colegas em tempo real ou via fóruns.
Conteúdo de apoio pedagógico
Os programas de apoio pedagógico são aqueles que dão suporte ao professor na sala de aula. A maioria oferece recursos multimídia para tornar as explicações mais atraentes para os alunos. Assim, um professor de física, por exemplo, pode demonstrar com imagens em movimento o resultado de uma equação. O de geografia, por sua vez, tem como utilizar mapas interativos e, em alguns casos, jogos para tornar o aprendizado mais desafiador e interessante.
. Educandus
Para quem está interessado em programas para auxiliar nas lições dentro da sala de aula, uma alternativa são os softwares desenvolvidos pela Educandus, empresa baiana especializada em programas educacionais. A companhia possui aplicativos voltados para turmas de Ensino Médio e Fundamental. Os maiores atrativos são os recursos multimídia oferecidos, que ilustram as aulas com imagens em três dimensões e sons, além, é claro, de oferecer textos. Eles podem ser utilizados por intermédio de um CD-ROM ou via internet, tanto na escola quanto na casa do aluno. Entre os clientes da empresa, estão as secretarias municipais de Educação de São Paulo e Mococa (SP) e a estadual do Rio Grande do Norte.
. KIG
Software interativo de geometria voltado para alunos do Ensino Médio e Fundamental. Desenvolvido pelo KDE Education Project, o Kig possibilita a construção de objetos geométricos, que podem ser movimentados no espaço. Disponível também em português.
Modellus
Voltado para o Ensino Médio e universitário, o Modellus permite resolver equações matemáticas de forma interativa. Foi desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
. Modellus
Voltado para o Ensino Médio e universitário, o Modellus permite resolver equações matemáticas de forma interativa. Foi desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Alternativas em inglês
Há dezenas de programas voltados para diferentes disciplinas. Muitos, no entanto, estão disponíveis apenas em inglês, o que pode dificultar, em alguns casos, a adoção por parte de alunos e professores. Ainda assim, vale dar uma olhada nos projetos, todos gratuitos:
Celestia: visualiza planetas e constelações em três dimensões. Bom para aulas de ciências e física.
Ghemical: ensina química ao ilustrar a montagem de moléculas, das mais simples às mais complexas.
Gestão da rede de ensino
Os softwares de gestão auxiliam na organização de toda a rede de ensino. Podem ser utilizados pelo secretário de educação, diretores e orientadores pedagógicos. Os programas reúnem em um só local dados como notas, material didático em uso, recursos aplicados e necessários, o que facilita a identificação de problemas e a conseqüente resolução.
“Por meio de um cadastro, o gestor controla tudo o que acontece na escola – desde freqüência e notas de alunos até a presença de funcionários, passando pelos nutrientes oferecidos na merenda. A idéia é que, quando quiser uma informação para avaliar procedimentos, o gestor não precise procurar naquelas pilhas gigantes de papel”, exemplifica Elizabeth Vasan, da IMA. Tudo, é claro, montado de acordo com a demanda de cada secretaria.
Sagu – Sistema Aberto de Gestão Unificada
Desenvolvido pela gaúcha Solis, o programa, de download gratuito, possui cinco módulos − acadêmico, vestibular, financeiro, protocolo e avaliação institucional. Nele, o gestor ou professor pode planejar o período letivo, sistema de entrada de alunos, organização e diagnóstico de qualidade de ensino.
Integre
A campinense Informática de Municípios Associados (IMA) também oferece programas voltados para a gestão da rede de educação. O Integre, por exemplo, permite aos diretores agregar informações com mais agilidade para pensarem a política educacional de sua escola. Já os professores contam com mais facilidades na hora de elaborar boletins e organizar conselhos de classe.
(Marcelo Medeiros, Guia das Cidades Digitais, 16/05/08)

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