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A alternativa é bonita, está na moda e, acima de tudo, é ecologicamente correta. A tendência mundial, que em alguns lugares como a Alemanha já virou realidade, é substituir o famoso saquinho plástico pela sacola de pano na hora das compras.
Seja no supermercado, farmácia ou na padaria, o cliente sempre se vê obrigado a sair com o saco plástico para carregar as compras. Mas essa ditadura está perto de acabar.
De acordo com a Companhia municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), o plástico faz parte de 15% do lixo urbano despejado atualmente na cidade. A Secretaria estadual do Ambiente cita estudos que indicam que os plásticos que circulam hoje em dia levariam de cem a 200 anos para se decompor.
No entanto, algumas iniciativas mostram que é possível mudar hábitos. A psiquiatra Paula Salaverry, de 24 anos, é adepta ao movimento. Ela considera um absurdo o número de sacos plásticos que são distribuídos no comércio. “Vamos à farmácia para comprar apenas um produto e eles põem em duas sacolas”, indigna-se.
Iniciativas ‘pró-planeta’
Os sócios Guilherme Figueira, Felipe Aguiar e Ângela Quintanilha viram no acessório uma forma de contribuir para a preservação do planeta. Começaram a produzir a “eco-bolsa”, chamada de Maria Gorda, com o auxílio de cooperativas na Zona Norte, Baixada Fluminense e Ilha de Paquetá.
“O saco plástico é um dos grandes responsáveis pela grave crise ambiental que atinge atualmente o nosso planeta. Além de levar séculos para se degradar, sua produção é feita a partir de combustíveis fósseis, o que acarreta a emissão de gases poluentes. Nossa cultura de embalar todo e qualquer produto vendido multiplica consideravelmente esses efeitos”, reclamam.
E, para quem acha que andar de bolsa é coisa só para mulher, Guilherme diz que tem sempre várias com ele: “Levo uma na mochila e várias no carro para quando precisar. As pessoas me param na rua para perguntar de onde é”, anima-se.
Para a atriz Maria Fernana Cândido, é importante cada cidadão fazer sua parte: “Esse é o segredo, essa é a chave para que possamos melhorar a cidade. A gente tem que enteder que a nossa cidade é a nossa casa, é onde a gente mora. Temos que cuidar dela como cuidamos do nosso quintal”, disse a atriz em uma entrevista ao SPTV.
Projeto de lei
Há um projeto de lei do governador Sérgio Cabral e da Secretaria do Ambiente que busca minimizar o uso das sacolas plásticas. De acordo com o texto, os estabelecimentos comerciais que oferecem o material a seus clientes terão de seis meses a três anos, a partir da data em que a lei entrar em vigor, para pôr à disposição uma sacola de material resistente e, portanto, reutilizável.
“Há um movimento mundial convergindo para a substituição destas sacolas plásticas poluentes por outras produzidas com tecnologia e substâncias menos prejudiciais ao meio ambiente, tais como papel reciclado, tecido, plásticos com aditivos que possibilitam a aceleração da decomposição e outras biodegradáveis”, explicou Sérgio Cabral.
Grandes também pensam no futuro
A iniciativa também é encontrada em lojas bem conhecidas pelos cariocas. A Sandpiper oferece como brinde para clientes a sacola, feita de juta, uma fibra têxtil vegetal, cultivada nas regiões ribeirinhas da Amazônia. Assim como o supermercado Zona Sul, que vende a bolsa feita de material reaproveitado das próprias campanhas publicitárias.
Diversas ONGs e cooperativas também encontraram aí um jeito de ganhar um dinheiro a mais no mês. É o caso do projeto Sacodipano, de moradoras da Cruzada São Sebastião, no Leblon, Zona Sul do Rio. As sacolas são costuradas com sobras de tecido.
Dinheiro extra
São R$ 0,80 por peça produzida. Segundo Vanise de Souza, participante do projeto, o trabalho complementa a renda e ajuda mães da comunidade que não podem sair de casa para trabalhar por causa dos filhos pequenos. O projeto é ambicioso. Estão em negociação com alguns pontos comerciais, como supermercados e restaurantes. “É um dinheiro extra e ainda estamos fazendo nossa parte pelo planeta”, completou Vanise.
(G1, 16/03/08)

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