Deputado diz ter projetos para pontes

O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) e o deputado estadual Dagomar Carneiro (PDT) têm projetos que julgam capazes de desafogar o trânsito nas pontes Colombo Salles e Pedro Ivo Campos e na Via-Expressa (BR-282), em Florianópolis.
A sugestão do deputado é liberar duas pistas da Ponte Colombo Salles (da Ilha ao Continente), no começo da manhã, para serem utilizadas no sentido contrário. Assim, seriam seis pistas para aqueles que entram na Ilha. O mesmo aconteceria com a Ponte Pedro Ivo Campos (do Continente à Ilha) no fim do dia.
“Apenas uma sinalização especial e obras para remover os canteiros das cabeceiras das pontes seriam necessárias”, explicou Carneiro.
O presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), Ildo Rosa, acredita que as pontes não são o problema maior. Com capacidade para 200 mil veículos por dia, elas ainda não estão no limite (hoje, entre 120 mil e 130 mil carros passam por elas diariamente).
“Essa proposta do deputado poderia agravar ainda mais o trânsito, pois mais veículos atravessariam a ponte e não teriam como escoar na cidade”, avaliou Rosa.
Para DNIT, as sugestões não resolvem o problema
Outro projeto do deputado é a retirada do canteiro central da Via-Expressa. Colocando uma mureta no local, disse, a estrada poderia ser ampliada em uma pista de cada lado. A última sugestão de Carneiro é transformar os acostamentos em pistas de rolamento. Ele acredita que uma rodovia sem acostamento não é perigosa.
Para o DNIT, essas propostas são paliativas. O órgão tem projetos “para resolver o problema de forma definitiva”. Porém, são obras grandes e caras, que devem demorar para serem concluídas. Dentro de dois meses, o órgão lançará um edital de execução do projeto para desafogar o trânsito na entrada da cidade. Entre as obras previstas estão a ampliação de duas para quatros pistas de cada lado na BR-282, a construção de viadutos e a melhora do acesso aos bairros Coqueiros e Abraão, na área continental de Florianópolis.
Carneiro concorda que suas propostas não solucionam o problema, mas acredita que são ideais, por serem baratas, enquanto uma quarta ponte não é construída.
(DC, 11/03/08)