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O mundo de saco cheio: vários países boicotam a onipresença das sacolas plásticas

A conservação do meio ambiente é um dos pilares da felicidade no Butão, onde se mede desenvolvimento pela Felicidade Nacional Bruta em vez do Produto Interno Bruto. Faz sentido, então, que no Butão sejam proibidos o uso e a venda de sacolas plásticas.
Feitas a partir do petróleo e com longo tempo de decomposição, elas degradam o meio ambiente e, portanto, a felicidade nacional. O boicote vigora desde 1999, ano em que outros locais também começaram a prestar atenção aos aparentemente inofensivos sacos plásticos.
A ilha francesa da Córsega e Khumbu, região do Nepal que abriga o Monte Everest, também baniram as sacolas em 1999. A partir daí, outros se juntaram ao grupo: Taiwan, Bangladesh, Ruanda, partes da Índia e África do Sul, onde usar plástico para carregar as compras pode dar cadeia.
Adesão recente foi a da cidade de San Francisco, que este ano proibiu grandes supermercados de oferecer sacolas plásticas aos consumidores. É a primeira cidade a banir o plástico nos EUA, templo do consumo moderno que usa cerca de 100 bilhões de sacolas por ano, com custo estimado de US$ 4 bilhões para os comerciantes.
Na maior parte do país, o consumidor é apenas instado a escolher: Paper or plastic? Em vez de boicote, alguns preferem uma pinçada no bolso para incentivar a mudança de comportamento. A Irlanda consumia 1,2 bilhão de sacolas por ano até que o governo instituiu, em 2002, a PlasTax, uma taxa de 15 centavos de euro por sacola, a cargo do cliente.
A reação foi imediata, com queda de 90% no consumo de sacolas em 2003, mas não duradoura. O uso do plástico voltou a aumentar e, embora não tenha alcançado patamar pré-2002, o governo agiu de novo. Este ano, elevou a taxa para 22 centavos e tenta convencer a população de que esse, ao contrário dos demais, é um imposto que se deve evitar pagar. Mesmo assim, estima-se que tenha recolhido cerca de 50 milhões de euros desde o início da cobrança — os recursos são destinados a projetos ambientais.
Na Alemanha, não há política oficial, mas a maioria dos supermercados cobra, há anos, de 5 a 25 centavos de euro por sacola. Outra estratégia foi escolhida pelos australianos, que em 2005 usaram 3,92 bilhões de sacolas. O governo, em consulta com a indústria e o comércio, instituiu em 2003 um código de práticas com prazos e percentuais para a redução do número de sacolas oferecidas pelos grandes supermercados — 25% em 2004 e 50% em 2005.
Determinou ainda que pelo menos 15% dos itens fossem coletados e reciclados. A redução chegou a 41% em 2005, mas a reciclagem ficou bem abaixo da meta, em 3%. Enquanto o governo australiano considera banir as sacolas ou impor uma taxa no estilo irlandês, a campanha para educar o consumidor continua, sob o slogan: “Coloque um meio ambiente melhor na sacola”. E seja feliz!
(Flavia Pardini, Página 22, 12/07/09)

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