A qualificação das cidades
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Contra a reserva extrativista
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“A encosta do Dois Irmãos hoje, com a favela de 950 casas (no círculo vermelho) e como poderá ficar daqui a alguns anos, na montagem de O Globo, se a monstruosidade continuar a crescer no ritmo atual”
Visitando o blog de Leandro Parente, um carioca amigo seu, que é empresário da construção civil, o leitor Anselmo Heidrich, morador do Rio Vermelho e vice-presidente da AMORV – Associação de Moradores do Distrito, leu o manifesto de indignação intitulado “A lei é para todos” (vide box). Heidrich ficou muito impressionado com a semelhança entre a narrativa feita por Parente e o cenário de Florianópolis que vem sendo abordado nesta série. “A única diferença”, diz Anselmo, “é a proporção que o problema já atingiu na Cidade Maravilhosa”. Pois é…
O Rio já tem 752 favelas, a maioria delas incrustada em áreas de preservação ambiental. Camuflado em nada menos do que trezentas delas, o narcotráfico domina a situação. De dentro de comunidades como Rocinha e Mangueira as mais fortes quadrilhas do país, com mais poderio bélico do que a própria polícia, faturam milhões vendendo drogas no atacado e no varejo, receptando todo tipo de produto roubado, e governando a cidade pelo medo e pelo caos.
Um estudo sobre o mercado imobiliário informal nas favelas cariocas demonstrou que a peça chave para entender a dinâmica de proliferação é a ausência de qualquer tipo de fiscalização: total liberdade para construir. É possível alugar ou comprar até as áreas das lajes das edificações inacabadas para instalar novas moradias ou estabelecimentos comerciais. Quem não tem dinheiro faz acordos com pequenos construtores, que arcam com as obras em troca de parcelas mensais.
Em sua edição 2040 (26/12/07) a revista Veja publicou matéria intitulada Salvem o cartão postal, sobre a crescente – e impune – ocupação da encosta do morro Dois Irmãos, no Leblon.
Anselmo Heidrich divulgou o manifesto de Parente (abaixo) via e-mail pelo endereço do grupo de debates do Núcleo Distrital do Rio Vermelho no Plano Diretor Participativo, sob o título “O futuro de Florianópolis”. Mas o assunto não obteve repercussão.
(Ilha Capital, Janeiro de 2008)

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