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A Daniela está cada vez menor

O mar da Praia da Daniela, no Norte de Florianópolis, está expulsando os visitantes do local. Turistas, moradores e comerciantes reclamam da redução da faixa de areia no lado direito da orla, que há mais de um ano não chega a três metros de comprimento.
Hoje, quem visita o local tem que se espremer ou chegar bem cedinho, para conseguir um lugar na areia próxima ao costão direito, em uma área de cerca de 500 metros. Os visitantes mais antigos têm se surpreendido com a erosão que avança sobre o mangue, acabando com a praia e matando as árvores que antes formavam uma mata fechada sobre o banhado.
“No ano passado a praia não estava assim tão estreita. Ficamos surpresos”, observou a gaúcha Luciana Mendonça da Silva, de 28 anos, que há três anos freqüenta o local. Ela buscou uma pedra para poder se esticar e pegar um bronzeado na segunda-feira de Carnaval.
O presidente do Conselho Comunitário da Daniela, Rogério Queiroz, conta que ainda aguarda os encaminhamentos da audiência pública, levada à Comissão de Meio Ambiente no dia 12 de julho do ano passado. Segundo ele, placas e faixas de sinalização para evitar que os banhistas usem a área também foram solicitadas à Fundação Municipal de Meio Ambiente de Florianópolis (Floram), no dia 3 de janeiro.
“O conselho pode até pagar a conta da faixa, que nem deve custar muito, mas precisamos de uma autorização para fazer isso”, desabafou Queiroz.
A redução da faixa de areia no local de maior movimento da praia já refletiu no faturamento do comércio local.
Movimento em alguns locais caiu até 50%
De acordo com o proprietário do restaurante Recanto das Pedras, André Bonatto Júnior, 49 anos, o movimento caiu mais de 50% em relação a 2007.
“Foi a pior de todas as temporadas. A falta de areia que assusta os turistas. O pessoal chega, olha e vai embora”, destacou Bonatto que há 14 anos administra o restaurante.
Com o baixo movimento, ele explica que este ano trabalha com a metade dos funcionários.
(Nanda Gobbi, DC, 08/02/08)

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