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Verão produz montanha de lixo e melhora renda dos recicladores

A alta temporada é sinônimo de incremento nos setores que vivem do turismo, mas não é só isso que aumenta na Capital. O fato de a população dobrar representa produção maior de lixo no período e crescimento também nos custos da operação. O transporte entre a estação de transbordo, no Itacorubi, e o aterro sanitário de Tijuquinhas, em Biguaçu, passa de R$ 150 mil para até R$ 220 mil por semana, de acordo com o secretário de Urbanismo e Serviços Públicos, Norberto Stroisch. Em janeiro, a quantidade recolhida chega a superar em 50% os meses de inverno – passando de cerca de 400 toneladas diárias em junho para 600 toneladas diárias nos meses de verão.
A produção no primeiro dia útil de 2008, depois da festa da virada de ano, chegou a 767 toneladas. “Hoje o nosso maior desafio é reduzir o volume, aumentando a reciclagem do lixo seco e implantando a compostagem do material orgânico, que representa o maior peso do que é recolhido na Capital”, aponta o engenheiro Wilson Cansian Lopes, assessor técnico da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap).
A coleta seletiva da empresa, que abrange apenas parte da cidade, também recolhe mais nesta época. Latas de alumínio, garrafas de plástico, papelão, isopor, computadores velhos, entre outros tipos de materiais que totalizam cerca de 150 toneladas, tem como destino três associações de reciclagem. Uma delas é a Associação de Recicladores Esperança (Aresp), que chega a receber quase 50 toneladas mensais, contra cerca de 25 toneladas mensais na baixa temporada. Além disso, o trabalho dos catadores, realizado em vários pontos da cidade, contribui para amenizar a situação do lixo no verão. De acordo com Lopes, eles chegam a recolher até 10 vezes mais materiais recicláveis que a própria Comcap.
A coleta na Capital abrange 95% da cidade, em 57 roteiros diários divididos em três turnos e feitos por caminhões compactadores. Nesta época do ano é intensificada nos principais balneários da Ilha, que passam a ser servido nos sete dias da semana. A equipe de garis, hoje com 214 profissionais, recebeu reforço de 60 funcionários, enquanto o número de motoristas também aumentou, passando de 50 para 60 .
O material recolhido durante pelo método convencional nos bairros e levado até a estação de transbordo, no Itacorubi. De lá, passa para os caminhões que fazem o transporte até o destino final, o aterro sanitário de Biguaçu, mantido pela iniciativa privada. A coleta seletiva não abrange toda a cidade. Em bairros como o Centro, a operação é feita somente duas vezes por semana.
Dicas
Acondicionamento do lixo
• Embalar o lixo em sacolas ou plásticos adequados.
• Os condomínios e estabelecimentos comerciais devem ter lixeiras apropriadas, como os contentores de plástico.
• Residências devem ter lixeiras dentro do próprio terreno.
• Seguir os horários e dias de funcionamento da coleta convencional.
• Para a segurança dos garis, cacos de vidro ou material quebrado devem ser embalados em jornal, ou dentro de caixas de sapato ou de leite.
• Lâmpadas fluorescentes, baterias de automóveis e celulares, aparelhos e brinquedos eletrônicos, embalagens de agrotóxicos, pesticidas devem ser devolvidos aos fabricantes pelos revendedores.
Coleta seletiva
• Papel – jornais, revistas, cadernos, papel de embrulho, sacos de papel e embalagens longa-vida.
• Plástico – garrafas de água e refrigerantes, potes e frascos de alimentos, embalagens de produtos de higiene e limpeza, brinquedos e isopor.
• Vidro – garrafas, potes e frascos de alimentos, perfumes e vidro de automóveis,
• Metal – fios, arames, latas de bebidas e de alimentos, pregos, parafusos, objetos de ferro, bronze, zinco e cobre.
Reciclagem atinge até 50 toneladas
Se a produção de lixo cresce de um lado, há também quem lucre mais na outra ponta. Na Associação de Recicladores Esperança, que funciona junto à Comcap, no Itacorubi, o volume de material também chega a dobrar no verão, passando de 25 a 27 toneladas mensais na baixa temporada para 50 toneladas ao mês no verão.
No galpão da Aresp, 25 associados entre homens e mulheres fazem triagem em uma esteira rolante e depois compactam o material para a venda. Os valores são distribuídos em partes iguais entre os trabalhadores, rendendo até R$ 600,00 mensais por pessoa.
Nilson Percentino de Souza está há cinco anos na Aresp, e lamenta que o trabalho não seja mais abrangente. “Somente 10% do que é recolhido na cidade é reciclado. O restante, infelizmente, vai para o aterro. É uma pena, porque poderíamos aproveitar bem mais”, argumenta. Entre os produtos mais valorizados no mercado do lixo estão as latinhas de alumínio – vendidas por R$ 2,70 o quilo, e as garrafas PETs, por R$ 0,85 o quilo. Só as sacolinhas de supermercados geram um volume de 1400 quilos por mês.
Oswaldo Rosa deixou o trabalho de produção e venda de salgados, há dois meses, para se integrar na associação. “Aqui dá para ganhar mais”, conta. A esposa dele, Elisiane Lourenço, foi a pioneira e quem convenceu Rosa a entrar na profissão. Mas nem só lixo chega a Aresp: jóias, bolsas, relógios e até dinheiro são encontrados entre o que é rejeitado. Rosa encontrou R$ 7,00, ontem, enquanto fazia a triagem. “Tem gente que já achou até
R$ 350,00”, lembra. Normalmente, os achados de maior valor são divididos entre todos.
(Dariene Pasternak, AN Capital, 17/01/08)

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