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Impedir que novos prédios residenciais e comerciais sejam erguidos na região, enquanto o Plano Diretor Participativo de Florianópolis não vire lei. Esta foi a proposta defendida ontem por 14 associações de bairros e integrantes do Núcleo Gestor Participativo da Bacia Hidrográfica do Itacorubi, durante reunião no Centro Comunitário do Córrego Grande. O projeto que prevê o defeso imobiliário naquela zona da cidade deverá ser votado nesta segunda-feira (21/01), na abertura da convocação extraordinária da Câmara de Florianópolis.
A intenção destas entidades é que o debate seja focado na questão ambiental e voltado aos problemas da população da região. O autor do projeto, vereador João Batista Nunes (PR), argumenta que propôs um defeso ao invés de moratória para estimular o debate sobre o problema, principalmente a discussão com o setor da construção civil. “O objetivo é fazer um debate pleno com todos os envolvidos. Não queremos que a discussão ambiental vá para o campo jurídico ou político, porque isso não interessa a ninguém”, explicou.
Nunes alerta que a realidade da região é crítica, acrescentando que o manguezal está morrendo e que nada tem sido feito para impedir o problema. “Não adianta pensarmos em segurança, energia, problemas no trânsito, com a cidade em movimento. As ações têm que ser planejadas e queremos a participação da sociedade civil”, disse.
Para o arquiteto César Floriano, que é membro do Núcleo Gestor do Plano Diretor Participativo e presidente da Associação dos Moradores do Córrego Grande, o projeto encaminhado à Câmara baseia-se no estudo sobre a verticalização que vem sendo realizada em Florianópolis. “Este novo Plano Diretor é um absurdo porque ele verticaliza toda a Ilha. Não há nele uma estrutura para isso, como alargamento de ruas, ampliação da rede de água ou tratamento do esgoto”, critica.
Floriano ressalta que não é contrário ao processo de modernização da cidade, mas defende o desenvolvimento consciente, no contexto da região metropolitana. “Não podemos pensar apenas como Ilha. A verticalização tem que se estender para São José, Palhoça, Biguaçu. A cidade não comporta mais edifícios superiores a quatro andares, não podemos esconder nossas belezas naturais”, acrescenta.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil da Grande Florianópolis (Sinduscon), Hélio Bairros, o sindicato está aberto ao diálogo. “Nós também estamos interessados em discutir onde podemos ou não construir”, disse. Bairros frisou que defende o crescimento metropolitano sugerido pelo arquiteto César Floriano, mas não concorda com a verticalização somente nas outras cidades da região.
“Temos como construir obras grandes, desde que haja infra-estrutura. Não adianta termos novas construções se não houver investimentos em saneamento, melhorias na energia e no abastecimento de água”, disse. Caso isso não ocorra, a tendência, segundo ele, é que as pessoas deixem de investir na região.
(André Luís Cia, AN Capital, 19/01/08)

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