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Recicladores querem valorização

Estruturar a categoria e lutar pela valorização da profissão junto às instituições públicas são dois dos temas em pauta no 5º Encontro Estadual de Catadores de Materiais Recicláveis de Santa Catarina, das 9 às 17 horas de hoje, no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). Estima-se que existam cerca de 1, 5 mil catadores no Estado, número que pode ser maior já que muitos não são cadastrados em nenhuma associação .

De acordo com o engenheiro sanitarista e ambiental Israel Fernandes de Aquino, um dos coordenadores do projeto “Rede de Catadores de Santa Catarina”, o objetivo do evento é articular os trabalhadores para que possam lutar por melhores condições de trabalho. “A meta dos catadores de materiais recicláveis é que a profissão também seja remunerada e que possam receber salários, assim como os catadores convencionais recebem das Prefeituras”, justificou Aquino.

A justificativa é que os recicladores desempenham um trabalho fundamental dentro da sociedade, ou seja, ajudar no recolhimento do lixo e, ao mesmo tempo, contribuem para a melhoria na questão ambiental.”Graças ao trabalho deles, os aterros sanitários de todo País recebem uma quantidade muito menor de lixo. Por isso, a maior luta é que as prefeituras passem a encará-los de forma diferenciada e eles recebam um salário”, disse.

O projeto da rede de catadores é financiado pelo Conselho Nacional de Pesquisas e Tecnologia (CNPq) e envolve várias instituições, como Univalli, Companhia de Melhoramentos da Capital (Concap), Movimento Nacional de Catadores, Associação dos Coletores de Materiais Recicláveis (ACMR) e Senac.

Pela manhã, os catadores presentes no evento serão divididos em grupos de trabalho, quando irão discutir a baixa remuneração e falta de apoio da sociedade. À tarde, o coordenador do Comitê Interministerial de Inclusão dos Catadores de Materiais Recicláveis, Fábio Cidrin, abordará o tema através de palestra.

Quem pensa que mexer com lixo é uma tarefa desagradável por causa do mau cheiro ou dos produtos descartados, não conhece o trabalho de um grupo de recicladores de Florianópolis. O bom humor faz parte da rotina deles, que consiste em separar o que pode ser reaproveitado gerando novas fontes de renda. Depois desse trabalho, eles revendem os produtos, como plásticos, papel, papelão, vidros e latinhas.

Aos 40 anos, Mirian dos Santos, diz que encontrou na reciclagem a chance de ter um trabalho mais rentável e que lhe dá prazer ao mesmo tempo. “Nunca tive problema em trabalhar com lixo. Aqui, a gente se diverte e encontra produtos muito bons, como CDS e livros”, diz.

Saiba mais
O que pode ser reciclado
• Papel: jornais, revistas, cadernos, folhas de rascunho, papel de embrulho, sacos de papel e embalagens tetrapak.
• Plástico: garrafas de água e refrigerante, potes e frascos de alimentos, embalagens de produtos de higiene e limpeza, brinquedos e isopor.
• Vidro: garrafas, potes e frascos de alimentos e de perfumes e vidros de automóveis.
• Metal: fios, arames, latas de bebidas e de alimentos, pregos, parafusos, objetos de ferro, de bronze, de zinco e de cobre.

Tempo de decomposição
• Papel: três a seis meses
• Tampinha de garrafa: 150 anos
• Vidro: 4 mil anos
• Pneu: 600 anos
• Isopor: oito anos
• Jornal: seis meses
• Lata: indeterminado
• Fralda descartável: seis meses a um ano
• Palito de madeira: seis meses
• Pano: seis meses a um ano
• Bituca de cigarro: dois anos
• Camisinha: 100 anos
• Prancha de isopor: 80 anos
• Chiclete: cinco anos
• Linha de náilon: 650 anos
• Copo plástico: 50 anos

(A Notícia, 24/11/2007)

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1 Comentário

  1. alexsander araujo pinho disse:

    gostei muito do assunto pois é o tema da minha monografia,aqui em minha cidade eles são tratados como mendingos,viras sacos,que fazem sugeira nas calçadas(catadores de materias reciclaveis herois ou vilões)por gentileza se for possivel se tiver docomentos que possam ajudar na minha mongrafia eu ficaria muito grato.graduado em tecnologia em meio ambiente(4ºperiodo unipac juiz de fora mg)

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