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Ainda não há prazo para o início das obras de aumento da faixa de areia das praias de Canasvieiras e Cachoeira do Bom Jesus, no Norte da Ilha. Embora a Prefeitura tenha chegado a anunciar a realização da obra para 2006, hoje não existe previsão para que o projeto saia do papel. Considerada imprescindível pelo setor turístico e comerciantes da região, a proposta depende da aprovação dos estudos de impacto ambiental e da disponibilidade de recursos.

Segundo o secretário municipal de Obras, Carlos Schwabe, o projeto está pronto, sendo que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (Rima) foram entregues à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) no ano passado. “Estamos aguardando o licenciamento ambiental para dar continuidade ao projeto”, diz.

No entanto, de acordo com informações do setor de licenciamentos da Fatma, em novembro de 2006 o órgão encaminhou à Prefeitura um ofício solicitando a revisão de cerca de 25 itens do EIA-Rima, sendo que estas informações ainda não foram repassadas pelo Município. Por essa razão, o processo de liberação da obra encontra-se parado.

Mesmo se o licenciamento ambiental fosse concedido hoje, a Prefeitura ainda não tem recursos para iniciar as obras. “Hoje o problema é o licenciamento. Quando esta questão for resolvida, caberá ao prefeito definir o interesse em executar o projeto. Na minha visão, há uma grande probabilidade de iniciar o processo de licitação, assim que a questão ambiental for solucionada. Mas depende da prioridade, uma vez que a obra representa um valor significativo”, assinala Schwabe.

De acordo com o projeto, em uma primeira etapa, 2,2 quilômetros da faixa de areia da praia de Canasvieiras e 2,8 quilômetros da praia da Cachoeira do Bom Jesus seriam alargadas em cerca de 20 metros.

A proposta é similar ao que foi feito em Piçarras, no litoral Norte do Estado. “A areia será dragada em alguns pontos, a cerca de três mil metros da costa, e depois bombeada, formando uma espécie de aterro hidráulico, como o que foi feito para a construção da Beira-mar Continental”, explica o secretário de Obras.


Alargamento é prioritário para comerciantes

Ao longo dos anos a faixa de areia de Canasvieiras e Cachoeira do Bom Jesus foram diminuindo e hoje, em horários de maré alta, quase não há espaço para os banhistas na praia. A situação preocupa as pessoas que trabalham com o turismo, desde vendedores ambulantes, comerciantes e hoteleiros, uma vez que muitos visitantes manifestaram insatisfação. A praia de Canasvieiras é uma das mais procuradas pelos turistas, em especial, pelos argentinos, mas problemas como o estreitamento da faixa de areia e saneamento básico já ameaçam este reconhecimento.

Preocupada com a situação, a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif-Canasvieiras) há algum tempo chama a atenção para a importância da obra. O presidente da entidade, Otávio Ferrari Filho, afirma que o projeto deveria ser visto como prioritário, mas não houve avanços. “Quem visita esta região está sem praia, todos reclamam que a faixa de areia é muito pequena. E este é um problema, pois os turistas que vêm para cá querem praia”, aponta.
Ferrari afirma que, além da questão da faixa de areia, outra prioridade da Acif-Canasvieiras é o saneamento básico. Ele explica que o balneário tem rede de esgoto, mas como as outras praias não têm, o esgoto acaba chegando a Canasvieiras. “É preciso que toda a baia seja tratada, este problema afeta o turismo.

Muitos hóspedes já comunicaram aos hotéis que não voltariam mais por causa do esgoto. A mesma retração ocorre no setor imobiliário. Nesta época do ano, todas as casas disponíveis já estariam alugadas, o que ainda não ocorreu”, diz Ferrari.

(Natália Viana, A Notícia, 11/11/2007)

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2 Comentários

  1. Luiz Netto Soares disse:

    A situação da praia em questão perante a corrente marítima da costa brasileira é muito frágil, havendo modificação por forças naturais constantes. O sistema da orla é muito frágil e nada pode garantir que uma transposição da areia dure muito tempo, tormando a relação custo/benefício muito grande.
    Ademais, há um manguezal protegido por lei, que sofrerá alterações, prejudicando o eco-sistema. Alem disso, a obra visa trazer benefício sómente ao comércio local, quando a culpa de não haver faixa de areia atraente deve-se às construções que foram feitas na prais, com a anuência dos órgãos públicos que deveriam impedí-las no seu licenciamento.

  2. Luiz Netto Soares disse:

    Cabem uma questões a serem respondidas: Se as construções tivessen sido feitas com o afastamento adequado da faixa de marinha, teria sido necessário construir barreiras de concreto e pedras para impedir o avanço das ondas?
    E o dinheiro público que estão querendo gastar com essa obra não seria melhor aplicado na instalação de saneamento básico?
    Reclama-se sempre que não há fiscais nem verba suficiente para a vigilância sanitária; não seria melhor aplicar o resultado de nossa impostos nessa área.
    No momento em que os turistas estão começando a deixar de vis ao norte da ilha, não seria melhor paralizar as construções novas, até que o saneamento básico seja efetivamente instalado, evitando o aumento de procura nos postos de saúde pública por causa de doenças causadas pelo excesso de dejetos humanos que fluem para o mar?

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