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30/11/2007

Catástrofe ambiental

Da coluna de Moacir Pereira (DC, 30/11/2007).

O professor Ricardo Lagos demonstrou, durante didática e lúcida exposição na abertura da Eco Power Conference, por que transformou-se num estadista chileno. Construiu uma pacífica ponte entre a ditadura pinocheteana e a democracia pluralista. Justificou por que credenciou-se como um dos representantes mais respeitados da ONU nesta delicada questão do aquecimento global.

Sem arroubos retóricos e com serenidade, fez advertências muito graves e pertinentes sobre os riscos que corre a humanidade com o excesso de gás carbônico na atmosfera e as ameaças que esta poluição desenfreada representa para o descongelamento dos pólos Ártico e Antártico. Colocou temas da maior atualidade, provando que não há tempo a perder neste delicado tema do crescimento industrial a todo custo e da crescente utilização apenas dos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás).

A palavra de ordem é buscar tecnologias para a adoção imediata de energia renovável. É mais limpa, mais descentralizada, mais democrática e a que promove melhor o crescimento da renda nas comunidades pobres.

As ameaças de calamidade ambiental que justificaram as medidas restritivas do Tratado de Kyoto não se projetam para os 50 ou cem anos vindouros. Ricardo Lagos sustentou que ou os governos e os cidadãos do mundo inteiro unem-se nos seguintes sete a 10 anos para conter o aquecimento global ou o planeta viverá o apocalipse climático já nas próximas gerações. Irreversível!

Drama

O cenário mundial é dramático. Os países ricos são os que mais emitem gás carbônico. Os pobres, que precisam crescer para reduzir a miséria e a pobreza, correm atrás do prejuízo, buscando índices maiores de desenvolvimento. Assim, como punir os ricos, que poluem mais, e os pobres, que, para crescer, podem elevar a emissão de CO2?

O ex-presidente Ricardo Lagos lançou algumas idéias, depois de conclamar os catarinenses e participantes da Eco Power para que desenvolvam políticas e tecnologias, até no plano individual e familiar, na adoção de energia renovável. As tecnologias são conhecidas, sobretudo, em relação às energias solar e eólica e biocombustível.

Experiências positivas existem no Brasil e no exterior. O presidente da Celesc, Eduardo Moreira, por exemplo, retornou da China empolgado com as perspectivas de adotar a energia solar na iluminação pública. Testemunhou a experiência em várias cidades chinesas. São placas com diâmetro de um palmo que sustentam o sistema. Sonha em adotar a técnica no sistema de distribuição da Celesc.

A Eco Power transformou-se num centro irradiador de informações preciosas sobre o aquecimento global e um formador de consciência sobre ações a serem executadas para evitar uma catástrofe ambiental.

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