Alerta
16/11/2007
Hotéis têm 65% de ocupação
16/11/2007

Ampliada reciclagem de óleo de cozinha

A idéia de reaproveitamento do óleo de cozinha, que deu certo e que tem se expandido na Grande Florianópolis há quase 20 anos, ganha novos adeptos na Capital. Em 1988, o vazamento de esgoto na avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição, resultou em projeto ambiental conhecido como ReÓleo. Após a reutilização, o produto é transformado em sabão, massa de vidro e biodiesel. O programa foi criado pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) e hoje, além de centros comerciais, está sendo ampliado para a área residencial atingindo oito postos de entrega voluntária.

Em quase duas décadas, mais de um milhão de litros de óleo deixaram de ser despejados de forma inadequada em bueiros e pias. Lançado nestes lugares, o óleo causa entupimentos obstruindo canais de drenagem e contaminando o meio ambiente. Na água, provoca aumento descontrolado no volume de microorganismos e algas causando a morte de peixes. Estimativas indicam que apenas 1% de todo o óleo utilizado no mundo recebe algum tipo de tratamento.
Os nutricionistas alertam que o óleo de fritura nunca deve ser reutilizado. Após o primeiro uso, perde as características originais e fica com um aspecto escurecido, o que já é um dos sinais de que deve ser descartado. Quando essa gordura é reutilizada, formam-se compostos químicos capazes de irritar a parede do intestino e causar desarranjo intestinal. “Se o óleo estiver escurecido, avermelhado ou marrom e com excesso de resíduos no fundo do tacho, ele está velho”, explica a nutricionista Gláucia de Andrade Rolim de Souza.

A formação de espuma ou de fumaça no óleo denunciam uma temperatura alta demais, o que favorece a formação de radicais livres, que são moléculas perigosas para as células.

A parceria recente com o Posto Galo possibilitou a entrega em suas filiais. Além destes, há postos na sede da Acif em Ingleses e na Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap), no bairro Itacorubi.

Fauna e flora também acabam prejudicadas

Segundo dados da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), somente no primeiro semestre deste ano foram recolhidos mais de 200 mil litros de óleo na cidade. Se isso fosse jogado diretamente no meio ambiente, haveria a contaminação direta de 200 milhões de litros de água.

Entre os efeitos danosos do óleo ao meio ambiente estão a formação de uma película superficial que dificulta a troca gasosa entre o ar e a água, provocando a morte de plantas e animais aquáticos, além da impermeabilização das raízes das plantas, impedindo a absorção de nutrientes. Os derrames de óleos diminuem também o oxigênio dissolvido e a incidência de luz solar.

Além da toxidade, a temperatura do óleo sob o sol pode atingir 60 graus matando animais e vegetais microscópicos. Quando ocorre a decomposição desses óleos e graxas por microorganismos aquáticos, há uma redução do oxigênio dissolvido da água elevando a demanda biológica e bioquímica do oxigênio. Outro problema é o aumento excessivo na quantidade de nutrientes que provocam a proliferação de alguns tipos de algas.

Saiba mais

Benefícios
• Preservar os recursos hídricos;
• Preservar os ecossistemas;
• Reduzir a quantidade de gordura no sistema de coleta e tratamento de esgoto, melhorando sua eficiência;
• Promover a educação ambiental nas escolas e comunidades.

O que fazer

• Jamais despeje o óleo de cozinha usado diretamente no ralo da pia, no mar ou na rede de esgoto;
• Acondicione o óleo das frituras que será descartado, já frio, em garrafas PET;
• Leve este óleo usado até os pontos de coleta, para reciclagem, ou coloque-o no lixo. É melhor do que despejá-lo diretamente na pia;
• Se você é proprietário de restaurante, participe do programa ReÓleo.

Como participar

• Acif Centro: 3224-3627
• Acif Lagoa: 3232-0185
• Acif Ingleses: 3269-4111
• Acif Continental: 3244-5578
• Acif Canasvieiras: 3266-2910

Moradores de prédio aderem em conjunto

Para as pessoas que fazem muitas frituras nas refeições e não sabem o que fazer com a sobra do óleo, a dica é separá-lo em garrafas pets e entregá-las para os caminhões que recolhem os lixos recicláveis. Os coletores farão o encaminhamento do produto que será armazenado na Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap) até ser transformado em outros materiais.

O condomínio residencial Arquipélago, na Trindade, com 188 apartamentos e 400 moradores foi um dos últimos parceiros a aderir ao projeto de reciclagem há um mês. Segundo a síndica Lionete Gnecco, antes de instituir a coleta, ela divulgou entre os condôminos e a adesão foi surpreendente. “Antes, nós não fazíamos nada com o óleo e a limpeza da caixa de gordura era feita a cada dois meses. Hoje, após um mês, a bombona de 50 litros ficou totalmente cheia”, disse.

Segundo a síndica, todos os moradores estão participando do programa. Lionete conta que conheceu a idéia através de matéria da revista Veja, e decidiu pesquisar se Florianópolis tinha algo semelhante. “Com a reciclagem, esse óleo deixa de ir para a caixa de gordura e economizamos na limpeza”, explicou.

A comerciante Marjorie Hauffe, diz que utiliza cerca de três litros de óleo por semana para fritar batatas. Ela conta que antes de fazer o cadastramento no programa da Acif, o marido dela levava as sobras do óleo para um restaurante na Lagoa, onde o processo de reciclagem já é feito há nove anos.

Para o coordenador de relações exteriores do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), Luiz Antonio da Rocha Andra

Entupimento era freqüente na Lagoa

Segundo a engenheira ambiental da Acif e uma das responsáveis pelo projeto, Marina Ballão, a implantação dos postos de entrega voluntária atende a uma demanda da região e os resultados têm superado todas as expectativas. Ela explica que, antes do projeto, os restaurantes da Lagoa despejavam o óleo saturado na rede de esgoto sem nenhum trabalho de reciclagem, provocando vários entupimentos nas estações de tratamento de esgoto.

Para resolver o problema, uma ex-diretora da Acif desenvolveu em 1998 um projeto que reaproveitava esse óleo dos restaurantes da Lagoa, dando um destino ecologicamente correta. Hoje, a reciclagem é feita por uma empresa paranaense, a Ambiental Santos, que contratou uma empresa de transporte, a Janeiro Transportes, para buscar os bombonas (galões de óleo) nos pontos de coleta.

Todo material recolhido é levado para a Comcap e armazenado no local. A cada 15 dias, a Ambiental vem buscar os bombonas e os leva para o Paraná onde eles são transformados em outros produtos. Marina diz que os benefícios dessa conscientização são inúmeros e trazem conseqüências positivas não só pela questão ambiental, mas também para a melhoria da saú-de da população que tende a consumir produtos com menos gordura.

No Programa ReÓleo, a Acif tem como parceiros a Comcap, o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis, a Vigilância Sanitária do município e Fundação do Meio Ambiente (Floram).

(A Notícia, 15/11/2007)

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6 Comentários

  1. SERGIO disse:

    GOSTARIAMOS DE OFERTAR NOSSAS MINI USINAS:
    VISITE NOSSO SITE:
    http://www.planetabiodiesel.com.br

  2. Rita de Cassia disse:

    Achei a materia muito interessante, porque sempre estou reciclando garafas plásticas,caixas de leite, papel,existe muitos catadores de lixo reciclado aqui na Palhoça, a Prefeitura não toma iniciativa de montar uma cooperativa para eles.
    Agora, o oleo da cozinha tinha visto uma reportagem,não sabia que aqui proxima já existia.
    Solicito maiores informação, como proceder no caso de morar num prédio com 23 apartamentos em Palhoça e fazer os condominos reciclarem também.
    Muito obrigado, espero sua resposta.

  3. Janine, da equipe do site disse:

    No link há mais informações sobre o projeto ReÓleo desenvolvido pela Acif (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis).

    Link: http://www.acif.org.br/projetos/view.php?cod=43#projeto

    Quem mora em apartamento e quer ter acesso ao serviço basta entrar em contato com a Acif e cadastrar o seu condomínio.

    Contato – Acif (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis)
    Telefone: 3224 3627
    Responsável: Sra. Marina Ballão

    Endereço: Rua Emílio Blum, 121 – Centro – Florianópolis – CEP: 88020-010
    Fone: (48) 3224-3627

  4. Adorei. Já algum tempo estava querendo participar desse processo melhoria do amanhã para todos. Hoje deixei a preguiça de lado e resolvi ir a luta. Há algum tempo reciclo papéis, latas entre outros. Mas de hoje endiante também reciclarei o óleo que é tão prejudicial a saúde do homem e a da natureza. Um pouco de um,é muito para todos.
    Um abraço e fiquem com Deus

  5. Pedro Nastri disse:

    Prezados

    Sou jornalista e faço parte da Associação Jovem Vencedor e presidente do Graerp Grupo de Auxílio ao Estudante da Rede Pública – São Paulo que vem trabalhando com a coleta de óleo de cozinha usado, no intuito de gerar receitas para os cursos profissionalizantes que são ministrados gratuitamente em nossa sede, além da conscientização da preservação do meio-ambiente, retirando de circulação, e dando um destino ecologicamente correto, a um agente altamente poluente.
    Ex: cada litro de óleo de cozinha usado jogado no ralo, contamina 1 milhão de litros d’agua.
    O óleo recolhido é destinado à Usina de BioDiesel.
    O objetivo é levar estes cursos para várias associações da periferia, gerando renda e inclusão de jovens no mercado de trabalho.
    Estamos com uma campanha junto à associações de bairros, clubes de mães, ONGS, e outras, visando a inclusão digital, além de levar renda às comunidades carentes.
    Nosso projeto intitula-se ‘PROJETO RECICLÓLEO”.
    Para maiores detalhes entre em contato através do telefone (11) 3106-4010 ou por e-mail popularsp@yahoo.com.br

    Pedro Nastri
    jornalista

  6. Alessandro Gadelha disse:

    GOSTARIA DE INFORMAR QUE CERTA EMPRESA DE CAPITAÇÃO E TRANSPORTE ME É UMA FRAUDE, POIS ENGANA O POVO DE SANTA CATARINA COM A CONVERSA DE PRESERVAR O MEIO AMBIENTE E USA TODO ÓLEO PARA COMERCIALIZAR E ENGANAR PESSOAS VIVE DA RENDA COM PROPAGANDA ENGANOSA.
    RECEBI EM OUTUBRO DE 2008 UMA OFERTA DE 30000 LITROS DE ÓLEO NO VALOR DE 0,85 POR LITRO. FIZ PAGAMENTO ADIANTADO PARA LIBERAÇÃO DA CARGA E RECEBI METADE DA CARGA EM ÁGUA ISSO MESMO ÁGUA UM GOLPE DO REPRESENTANTE DESSA EMPRESA.
    SOLICITEI A ELE AS DEVIDAS LICENÇAS AMBIENTAIS E O MESMO NÃO AS POSSUI O QUE A EMPRESA TEM É APENAS LICENÇA DE COLETA E TRANSPORTE E NÃO PARA COMERCIALIZAR E ARMAZENAR ÓLEO. A MESMA ARMAZENA INADEQUADAMENTE SEM LICENÇA AMBIENTAL COM RISCO DE PREJUDICAR A POPULAÇÃO.
    OS ORGÃOS AMBIENTAIS DESSA REGIÃO DEVERIÃO PROVIDENCIAR UMA INSPEÇÃO NESSA EMPRESA QUE SE LOCALIZA NA CIDADE DE SÃO JOSÉ.
    SE ALGUM ORGÃO LER ESSA NOTICIA E QUISER MAIS DETALHES TENHO TODA A DOCUMENTAÇÃO.
    (16) 9994-9794

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