Subserviência
01/06/2007
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01/06/2007

Da coluna de Roberto Azevedo (DC, 01/06/2007).

O prefeito de Florianópolis vive, digamos, o seu inferno astral. Não atingido no primeiro momento da Operação Moeda Verde, deflagrada pela Polícia Federal, com respaldo da Justiça, vê, perigosamente, seu nome envolvido em questões paralelas a cada nova gravação divulgada.

Ontem, ficou evidente o silêncio do prefeito e de seus principais assessores, talvez motivados pela informação de uma ida a Porto Alegre, sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em busca de solução para um empreendimento privado. É inegável que um administrador municipal deva se preocupar com questões de sua cidade, mas advogar em causas particulares causa, no mínimo, estranheza e dúvidas jurídicas.

Ao prefeito, que agiu rápido e foi eficiente ao afastar assessores quando da explosão da crise sobre a concessão de licenças ambientais fraudulentas, e, agora, patina, parece faltar um argumento mais contundente. Ou uma atitude igualmente forte. Já não basta afirmar que tudo se referia às administrações anteriores.

Dário deve estar lamentando a aproximação com o vereador Juarez Silveira (sem partido). À época, foi alertado para a passionalidade com que o parlamentar trata suas relações com o Executivo. Não escutou. Deu-lhe a função de líder do governo no Legislativo.

Hoje, além do escândalo, Dário vê o nome de um de seus mais fiéis colaboradores, o promotor aposentado Jaime de Souza, procurador-geral do município, desgastado ao extremo. O prefeito sabe que a imagem do político está sempre em xeque, independente do que o Ministério Público oferecer como denúncia ou o Judiciário decidir. Vale o presente.

Mas a pergunta ainda é a mesma da edição seguinte ao episódio Moeda Verde: o que mudou na prefeitura da Capital e na Câmara de Vereadores quando o assunto é liberação de obras, zoneamento ou licenças ambientais?

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