Basta!
18/06/2007
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18/06/2007

Da coluna de Moacir Pereira (DC, 17/06/2007).

A primeira semana de depoimentos no Conselho de Ética da Câmara Municipal de Florianópolis terminou exatamente como começou: sem provas concretas ou revelações novas que pudessem esclarecer as denúncias de ilegalidades contidas na Operação Moeda Verde. Comparadas as audiências com o conteúdo das gravações telefônicas da Polícia Federal ficam evidenciados fatos relevantes na atuação do poder público. Um deles está no epicentro da crise: a guerra de bastidores entre os vereadores Marcílio Ávila (PMDB) e Juarez Silveira (sem partido), as duas principais estrelas e os políticos mais influentes da Câmara.

Marcílio Ávila realizou um trabalho diuturno, dentro e fora do Legislativo, para viabilizar as licenças de construção e o habite-se do Floripa Shopping. São incontáveis as ligações feitas aos órgãos da prefeitura para garantir o empreendimento de Carlos Amastha. No depoimento, justificou seu empenho, dizendo que se tratava de obra de interesse da cidade. As avaliações dos vereadores ficaram mais por conta das íntimas relações entre Ávila e Amastha, sem evidências do exercício de advocacia administrativa para benefícios pessoais. Ávila atuou em duplo sentido: pela agilização dos procedimentos beneficiando o Floripa e contra o Shopping Iguatemi, ao tentar impedir a expedição do alvará de construção, como denunciado na Polícia Estadual.

Divergências

Juarez Silveira batalhou intensamente pela conclusão do Iguatemi e tentou impedir as licenças do Floripa, como revelam as gravações da Polícia Federal. As várias conversas com o secretário de Serviços Públicos, Ipuf e outros, mostram seu empenho em exigir rigoroso cumprimento de leis para prejudicar o colombiano e inconformidade com atos que o beneficiassem. Nesta guerra, Silveira mantém uma relação amistosa com o empresário Paulo Cezar Silva, dono do Iguatemi, e revela que quer distância de Carlos Amastha, do Floripa.

Líder do prefeito Dário Berger na Câmara, transmite a idéia de seu poder de influência nos órgãos municipais. Chama a atenção de quem ouve as gravações uma circunstância singular: apesar desses conflitos internos, Silveira e Ávila tratam-se como amigos fraternos, embora se xinguem em alguns trechos do diálogo grampeado.

Pergunta repetida no Conselho: por que os vereadores precisam monitorar com precisão milimétrica os processos que tramitam na prefeitura, tratando-se de matéria administrativa de caráter técnico?

A chamada guerra dos shoppings, que ganhou destaque na imprensa e chegou a diferentes instâncias do Judiciário, ocorreu com intensidade na Câmara Municipal e na prefeitura de Florianópolis.

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