Mangue sofre…
20/04/2007
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A solução para o trânsito caótico da rua Deputado Antônio Edu Vieira, no Pantanal, em Florianópolis, será discutida hoje em reunião entre moradores e representantes do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) no Conselho Comunitário do bairro (CCPAN). Em horários de pico, relatam os moradores, ocorrem filas que vão desde o bar Armazém Vieira até as imediações da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Outras questões, como o mau estado do asfalto e um antigo projeto para duplicação da via também estarão na pauta.

A rua Deputado Antônio Edu Vieira é a principal ligação entre a avenida Beira-mar Norte e a Via Expressa Sul. Desde a inauguração do túnel Deputada Antonieta de Barros, em agosto de 2002, o fluxo de veículos na via aumentou bastante e causa transtornos aos moradores. “O pessoal que antes ia pela Beira-mar para chegar ao Itacorubi, à Trindade ou ao Santa Mônica, agora vem pelo túnel. Quando dá 18 horas, minha nossa! Isso aqui fica uma loucura”, relata a aposentada Zalmira Pires, moradora do Pantanal há 21 anos.

Os horários de maior movimento são entre 12h e as 13h e entre as 17h30 e as 19h. “A fila chega até aqui e às vezes passa da rótula. Quando eu fecho a banca às 18 h, já está tudo parado”, conta Fernanda Araújo, dona de uma banca na rótula da Eletrosul. Em dias de jogos no estádio da Ressacada a situação piora e até a recente inauguração do Shopping Iguatemi Florianópolis ajudou a complicar o trânsito. “Agora a fila é dos dois lados. É muito ruim para as crianças que saem da escola e têm que atravessar a rua no meio desse monte de carros”, alerta Zalmira Pires. “A rua é estreita, mas tem o movimento de uma avenida”, completa.

O trânsito nos horários de pico incomoda também os taxistas que trabalham no ponto de táxi no 30, em frente à Eletrosul. “É um tumulto todo dia. Até chegarmos no Centro, demora bastante”, diz o taxista Augustinho Medeiros. Para ele, a condição do asfalto da Deputado Antônio Edu Vieira também é “muito ruim”.

Na reunião de hoje, um dos pontos de pauta será a discussão de um antigo projeto, já aprovado, para a duplicação da rua. Segundo o presidente do CCPAN, Romeu Franzoni Júnior, a justificativa da Prefeitura para a não realização da obra é a falta de verbas. “Eles conseguiram um empréstimo do Fonplata (Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Rio da Prata) para fazer a Beira-mar continental, mas acho que a prioridade deveria ser a Edu Vieira”, reclama.
O projeto prevê o alargamento da rua para 30 metros. Com isso, quem mora às margens da via seria indenizado pela Prefeitura. “Há pessoas que não podem reformar suas casas por causa disso. O bairro não pode crescer, está tudo parado”, protesta Franzoni.

Na reunião, também serão discutidas algumas propostas feitas pela comunidade, como a de transformar a rua Deputado Antônio Edu Vieira em mão única no sentido Centro/Beira-mar Norte. O sentido Beira-mar/Centro seria feito também em via única pela rua Capitão Romualdo de Barros, na Carvoeira. O encontro será aberto ao público e começa às 19 horas. “Com certeza, muita gente vai se atrasar por causa do trânsito”, brinca o presidente do CCPAN. Em 10 de maio, ocorre audiência pública na Câmara de Vereadores de Florianópolis para discutir o problema do sistema viário na região.

A reportagem do AN Capital tentou contato via telefone com o Ipuf na tarde de ontem, mas não obteve resposta.

(Felipe Silva, A Notícia, 20/04/2007)

Matemática

Da coluna de Cacau Menezes (DC, 20/04/2007).

Uma faixa meio tosca na Rua Deputado Antonio Edu Vieira, Bairro Pantanal, em Florianópolis, anuncia uma reunião com a prefeitura (Ipuf) para tratar do inferno que é o trânsito naquela via.

Não precisa fazer reunião para tratar de um tema desses. Neste local, como na ponte, Lagoa, Trevo da Seta e centenas de outros locais o problema é o mesmo e é de matemática. Tem carros demais e ruas de menos.

Solução? Duas: ou diminui o número de carros ou aumenta o número de ruas.

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1 Comentário

  1. Waldir Gomes da Silva disse:

    Quando foi firmado contrato com o banco FONPLATA, esta via estava incorporada no
    compromisso para duplicação, com projetos
    e demais protocolos obrigatórios, teriam
    mudado o rumo destas verbas?

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