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Espaço expõe o futuro da Capital
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Com foco em conceito de construção de uma cidade inteligente, o Espaço Viva Bem Floripa foi lançado ontem no Largo da Alfândega para provocar o poder público, a população e as universidades ao desenvolvimento de ações sustentáveis do ponto de vista urbano e ambiental da Capital. No local, os visitantes poderão conhecer, até o dia 31, projetos inovadores em tecnologia, cultura e meio ambiente, como Sapiens Parque, Projeto Piloto da Biosfera em Ambiente Urbano, Calçada Digital, Oficina de Desenho Urbano e Projeto do Museu Digital de Florianópolis. “Precisamos trabalhar a conexão com o conhecimento hoje para a geração de trabalho, riqueza e bem-estar em Florianópolis no futuro”, explica a presidente da organização não-governamental FloripAmanhã, que coordena o espaço, Anita Pires. “Todos os trabalhos utilizam os conceitos mundiais de transformações das cidades em modelos de sustentabilidade”, afirma.

Anita lembra que o momento é propício ao desenvolvimento do turismo e da tecnologia, principais vocações da Capital. “Precisamos discutir o Plano Diretor, impedir que a cidade cresça sem planejamento, como vem ocorrendo até agora”, declara. Na opinião da empresária, a chegada da rede de grandes hotéis e de empresas de grande porte mudou o perfil de Florianópolis. “Precisamos adaptar as novas demandas de forma criativa, mantendo a cultura e utilizando a tecnologia na geração de qualidade de vida”, justifica. A presidente conta que recentemente foi realizada uma pesquisa baseada em modelo realizado na Europa e Estados Unidos que busca identificar as cidades mais criativas do mundo. Na versão nacional da avaliação, Florianópolis foi bem colocada em tecnologia (2o lugar) e boêmia- bons restaurantes, atividades culturais e ambiente (1o lugar), mas ficou na 16a colocação no critério diversidade por conta do conservadorismo e preconceito da população. “Todas estas informações servem de suporte para o planejamento do amanhã”, avalia.

Moradores da Capital revelam suas principais preocupações

Para o formando em arquitetura Elom Alano Guimarães, que participa da Oficina de Desenho Urbano, está faltando preocupação estética no cenário arquitetônico da Capital. ” A maioria das empresas está executando construções rápidas para atender o mercado, sem avaliar o impacto na natureza”, opina. O objetivo da oficina também é de provocação. “Vamos fazer um diagnóstico fotográfico dos erros cometidos na área e propor projetos que conciliem o desenvolvimento humano e o meio ambiente”, resume.

Em visita ao espaço, Sandra Mara Paim de Oliveira, 47 anos, do Centro, revela que a poluição do ar e do mar e a falta de segurança são suas maiores preocupações com o futuro de Florianópolis. “Alguma coisa precisa ser feita logo para frear o aumento da violência entre as pessoas e com a natureza”, declara. Já Márcio Viana, 37, do Morro das Pedras, acredita que investimentos em programas sociais, com inserção social e econômica das classes menos favorecidas são o grande desafio do amanhã. “Não adianta crescer só para um lado, é preciso haver unanimidade”, define. Marcos Antônio Teodosio, 33 anos, do Centro reclama que o descaso do poder público com a sociedade civil, resultando em um sistema educacional pobre é responsável pelos processos de degradação ambiental da cidade. “Onde não existe integração ocorre a ausência de consciência comunitária”, afirma.

(Gisa Frantz, A Notícia, 24/03/2007)

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