SC disputa o visitante europeu

A crise vivida pelo setor turístico catarinense no Verão de 2003 devido à ausência dos turistas argentinos, deixou uma grande lição: não se deve apostar mais todas as fichas em um único mercado emissor de visitantes. – Os turistas argentinos continuam sendo bem-vindos, mas Santa Catarina precisa ser um destino turístico desejado por todos os estrangeiros, especialmente os europeus, que, pelo alto poder aquisitivo, podem trazer boas divisas ao Estado.

A explicação é do diretor de Marketing da Santa Catarina Turismo (Santur), Valdir Rubes Walendowsky, que participou da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), uma das principais feiras do setor de turismo na Europa, encerrada no último domingo. Mais de 60 mil pessoas visitaram a feira, realizada no Parque das Nações, durante cinco dias.

A Santur foi um dos 60 expositores brasileiros – entre destinos turísticos (estados e cidades), operadores, agências de turismo, prestadores de serviços e público consumidor. Eles estavam reunidos no estande da Embratur, com um total de 846 metros quadrados de área – o maior de toda a BTL. A delegação brasileira contou com a participação de mais de 250 pessoas.

Walendowsky reiterou que é preciso tornar Santa Catarina conhecida no estrangeiro, e não só pelos turistas dos países vizinhos.

– Precisamos abrir novos mercados. E Portugal é a porta de entrada para a Europa, por isso, participamos desta feira já há quatro anos – afirmou.

Sul do país é o menos conhecido no exterior

Segundo ele, o Sul do Brasil é a região menos conhecida do país no exterior. Os portugueses já são o terceiro maior contingente de visitantes estrangeiros que chegam ao país (em primeiro lugar estão os americanos e em segundo os argentinos), mas os europeus concentram as visitas especialmente ao Nordeste.

Não há agência de viagens de Portugal que não tenha pacotes para Natal, no Rio Grande do Norte, ou Porto de Galinhas, em Pernambuco, os destinos mais apreciados.

(Viviane Bevilacqua, DC, 05/02/2007)