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01/02/2007
Caos no trânsito
02/02/2007

Florianópolis e demais municípios que compõem a região metropolitana crescem rapidamente. Qualquer cidade que conviva com uma expansão populacional significativa enfrenta sérias dificuldades para encontrar soluções para os problemas daí decorrentes. No caso da Capital, essas dificuldades são multiplicadas pelas características geográficas. A Ilha de Santa Catarina – e o fato de a maior parte da cidade situar-se numa ilha é justamente o primeiro complicador – apresenta relevo acidentado, são muitas as áreas de preservação permanente, os núcleos urbanos estão fortemente concentrados num espaço físico exíguo, tudo isso torna difíceis as obras de infra-estrutura. Como os recursos financeiros são sempre escassos quando se fala de uma prefeitura brasileira, e como persiste no país uma cultura que estimula o uso do automóvel particular e adota como solução imediatista a construção de viadutos, há que se temer pelo que pode vir.

As pontes Colombo Salles e Pedro Ivo já não atendem à demanda do trânsito. São 150 mil veículos por dia. No Centro, uma simples colisão entre dois automóveis é capaz de provocar congestionamentos quilométricos. Na Avenida das Rendeiras, ao longo da Lagoa da Conceição, o fluxo do trânsito é prejudicado pelo costume de se dirigir devagar, acompanhando o movimento dos bares. Houve época em que estavam se tornando moda as manifestações de categorias profissionais sobre as pontes que ligam a Ilha ao Continente. Bastava que meia dúzia de gatos pingados resolvesse ali se exibir para que a cidade virasse um caos. O trânsito na Capital está à beira do colapso, conforme denunciam entidades credenciadas, como o Conselho Regional de Arquitetura, Engenharia e Agronomia.

Mais importante do que buscar uma solução para cada problema que surge é ver a floresta e não apenas a árvore. Para Florianópolis é vital que as políticas públicas sejam estabelecidas num contexto que leve em consideração os demais municípios da região metropolitana. Para que Florianópolis possa dispor de infra-estrutura satisfatória e sua população de um bom padrão de vida, vivendo em um local cuja natureza seja respeitada e preservada, é vital que os municípios vizinhos igualmente prosperem, e que todos juntos estabeleçam os programas necessários para viabilizar o desenvolvimento sustentável.

(Editorial, DC, 02/02/2007)

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