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Casarão gera protestos de comerciantes

Uma antiga edificação tombada pelo patrimônio historico da Capital, na esquina das ruas Conselheiro Mafra com Bento Gonçalves, no Centro, está em ruínas, abandonada e parcialmente cercada por tapumes metálicos. Localizada a poucos metros do prédio onde ainda funcionam algumas unidades da Prefeitura, a casa serve de abrigo a moradores de rua e desocupados, gerando protestos dos comerciantes e pessoas residentes nas imediações.

“O ajuntamento de maloqueiros é grande quando chega a noite”, relata o comerciante Vilson José Maciel, presidente da recém criada Associação dos Comerciantes da rua Conselheiro Mafra. “Estão usando aquele local para a prática de furtos e assaltos e o consumo de drogas”, acrescenta. “Isso atrapalha o movimento dos turistas na região, pois muitos não passam daquele ponto ou procuram se afastar da rua Conselheiro Mafra”.

Uma breve visita ao local é suficiente para verificar as condições da antiga edificação. Ao lado do casarão, na rua Bento Gonçalves, existe um estacionamento improvisado no terreno onde havia uma edificação que foi demolida. É por esse local que as pessoas entram para dormir, beber, consumir drogas e praticar sexo.

O casarão histórico está sem cobertura e assoalho, o que confirma as denúncias sobre a retirada das aberturas e madeiras, principalmente as de lei. Uma parte é usada para alimentar fogueiras. No lixão que se formou no local podem ser encontrados pedaços de isopor, dezenas de garrafas, madeiras, restos de materiais de construção, plásticos, preservativos, copos de plástico e pedaços de esponjas.

Junto aos veículos que estacionam ao lado da edificação, estavam depositados ontem de manhã sete sacos de lixo de cor preta. O uso para pernoites é confirmado pela existência de camas improvisadas e a presença de uma pessoa dormindo no local.

Prefeitura negocia restauração de imóvel que abrigou armazém

O imóvel onde funcionou um dos mais antigos armazéns da Capital, poderá ser restaurado e transformado numa biblioteca pública, segundo o presidente do Instituto de Planejamento de Florianópolis (Ipuf), Ildo Rosa. “Recebemos um laudo do setor de patrimônio histórico do Ipuf, indicando que o imóvel ainda pode ser restaurado, pois está com suas estruturas intactas”, disse.
Um projeto de restauração foi encaminhado a uma instituição financeira em Florianópolis, que patrocina ações culturais, cuja resposta deve ser dada em fevereiro. Além disso, a Procuradoria Geral do Município negocia com a proprietária a desapropriação do imóvel, após uma tentativa fracassada de repasse da edificação para a Prefeitura.

“Nas imediações dessa casa existe um ponto de prostituição e as mulheres usam aquele local em seus programas”, salienta Ildo. “Há cerca de dois meses realizamos uma ação especial e recolhemos quatro carradas de lixo”, acrescenta. O tapume que isola a construção foi refeito, mas logo em seguida os ocupantes voltaram a abrir entradas e usar o local para diversas práticas.

Comerciantes reivindicam valorização da rua Conselheiro Mafra

Os comerciantes da rua Conselheiro Mafra se reúnem na próxima semana para definir os detalhes de um protesto. “Já conversamos com três secretários municipais mas nada foi feito em relação a essa casa abandonada”, explica Vilson Maciel. Eles também vão discutir os detalhes de um projeto de valorização do comércio da rua, como a edição de um folder publicitário e a criação de um corredor turístico.

“Queremos aproveitar o potencial histórico da rua para promover o turismo e para isso esperamos o apoio da Prefeitura de Florianópolis”, salienta Maciel. Além disso, os comerciantes da Conselheiro Mafra se consideram discriminados em relação a outras áreas da cidade. “Agora no Natal a rua Felipe Schmidt foi totalmente decorada, mas aqui não fizeram nada”, exemplifica o comerciante.
(Celso Martins, A Notícia, 17/01/2007)

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